sábado, 7 de setembro de 2024
Recorde: mais de 10 mil imóveis vendidos em Goiânia

Recorde: mais de 10 mil imóveis vendidos em Goiânia

As vendas de imóveis novos em Goiânia e Aparecida de Goiânia tiveram o sexto ano consecutivo de crescimento e movimentaram mais de R$ 5 bilhões.

14 de março de 2023

O mercado imobiliário de Goiânia comemora aumento nas vendas e de lançamentos em 2022

Com um crescimento de 9% nas vendas de imóveis novos em 2022 em Goiânia e Aparecida de Goiânia, o sexto ano consecutivo com resultados positivos, o mercado imobiliário goiano projeta tendência de alta para 2023. No ano passado foram comercializados R$ 5,17 bilhões, com um total de 10.411 unidades. É o maior volume de vendas da última década. Entretanto, o custo da construção civil, que já havia aumentado nos últimos dois anos, deve ficar ainda mais caro. Especialmente pelo aumento do custo da mão de obra e das restrições impostas pelas elevadas taxas de juros.

O resultado de 2022 e as perspectivas para 2023 foram apresentados nesta terça-feira (14/3) pelo presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Fernando Razuk. Além da dificuldade para encontrar mão de obra qualificada – o que tem levado as empresas a fornecerem capacitações para seus colaboradores –, a grande quantidade de obras lançadas em 2022 aumentará a demanda por profissionais. “Foram 63 empreendimentos lançados em 2022, que começarão suas obras simultaneamente em 2023”, pontua o presidente da Ademi.

Juros

Já em relação às taxas de juros, Razuk reconhece que elas têm efeito sobre o setor, tanto para o mercado quanto para o consumidor. Mas pontua que as regras minimizam as consequências. “Quanto maiores os juros, maiores as parcelas. Mas o comprador ainda consegue negociar taxas de juros de 9% a 10% ao ano no financiamento imobiliário, o que faz com que seja ainda muito atrativo”, pondera.

Fernando Razuk, presidente da Ademi, apresenta balanço do setor

O presidente da Ademi lembra ainda que parte dos recursos para financiamento imobiliário vem do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Por ele, os bancos são obrigados a destinar parte dos recursos da poupança para o setor com uma taxa menor. Razuk frisa que a legislação permite a portabilidade do financiamento de imóvel.

Lançamentos

Em 2022, foram lançadas 11.474 unidades, com alta de 7,5% sobre 2021 e o maior volume de lançamentos desde 2011. O valor dos lançamentos alcançou R$ 6,3 bilhões, 30% maior do que o de 2021. O estoque de unidades disponíveis para venda, nas mãos de incorporadoras, foi de pouco mais de 11 mil unidades, patamar que o presidente da Ademi considera saudável.

Um segmento que apresentou bom desempenho em 2022 e começou 2023 repetindo a performance é o de salas comerciais. Desde o auge da crise do setor, em 2016, os empreendedores haviam parado de lançar esse tipo de imóveis. Razuk conta que, no ano passado, foram lançados quatro prédios, todos com venda total muito rápida. Em janeiro deste ano, outro foi colocado à venda, também se esgotando rapidamente. Agora, dois lançamentos estão à venda simultaneamente, nos Setor Marista. Com salas de R$ 12 mil a R$ 15 mil o metro quadrado.

Por outro lado, o segmento que mais caiu foi o de habitações de interesse social, justamente onde há maior demanda por moradia. O volume de unidades lançadas no programa Casa Verde Amarela em 2022 caiu pela metade quando comparado com 2021. No ano passado, foram lançadas 1.696, número considerado pela Ademi “ínfimo” para o porte da Região Metropolitana de Goiânia.

Valor por bairros

O valor médio do metro quadrado de apartamentos na capital foi de R$ 7.422 em 2022. O Setor Marista continua à frente (R$ 9.030), seguido pelo Oeste (R$ 8.975), Bueno (R$ 8.597) e Jardim Goiás (R$ 8.582). Entre os mais valorizados, apareceram também bairros como Serrinha (R$ 7.895), Bela Vista (R$ 7.461) e Jardim América (R$ 7.189). “São bairros bem próximos dos mais valorizados com preço muito em conta”, avalia o presidente da Ademi.

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