Goiano larga emprego para empreender no transporte

Trocar a estabilidade de um cargo fixo por um sonho antigo. Foi a ousada decisão de Sávio Costa Reges. Em 2020, ele deixou cargo na Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), onde fez estágio e foi coordenador da área de transportes. Comprou um caminhão e deu início à S.A. Transportes, empresa que liga Goiânia à sua cidade natal, Campos Belos, além de outros municípios do Nordeste Goiano.

Sávio diz que não se arrepende da decisão de ter largado bom emprego para se aventurar no próprio negócio. A expectativa dele é abrir uma base em Brasília e fortalecer as entregas no Distrito Federal e em Formosa. Para isso, ele já tem expectativa de comprar um caminhão maior até o final do ano.

Sávio decidiu tomar tal decisão em fevereiro de 2020. Mal sabia que, no mês seguinte, aconteceria a pandemia da Covid-19. Porém, ele conseguiu superar o período pandêmico. No início, transportava as encomendas diariamente em um bagageiro do ônibus. Mas, devido ao aumento de tamanho das cargas, precisou investir na aquisição de caminhão próprio, ampliando a capacidade e atendendo a mais clientes.

Ele explica que, apesar do comércio forte na região, a matéria-prima dos produtos fabricados ou comercializados é comprada em Goiânia. “Hoje, a gente transporta em um caminhão próprio. E é todo tipo e tamanho de encomendas que são entregues em todas as cidades da região: Formosa, São João D’aliança, Alto Paraíso, Monte Alegre de Goiás, São Gabriel, São Jorge, Cavalcante e Arraias (TO)”, afirma.

Coletas

A composição da empresa consiste em um motorista e dois ajudantes. Ele ainda conta com pontos de apoio no Setor Campinas e no Jardim Guanabara, ambos em Goiânia. Atualmente, a coleta das encomendas pequenas e médias acontece em carros pequenos terceirizados, que percorrem uma rota. A partir disso, leva os pacotes para os pontos de apoio, coletados pelo caminhão.

As encomendas grandes já são retiradas do próprio caminhão. Devido à grande distância, as viagens, atualmente acontecem duas vezes por semana em dias alternados, dependendo da demanda da semana. “O caminhão geralmente sai à noite. A gente embarca, monta a carga todinha, viaja e no outro dia cedo, ele em Campos Belos, onde acontece o descarregamento. Aquilo que precisa ser entregue, a gente já entrega. Outros buscam no nosso depósito e já fazem a retirada”, explica.

O valor do frete depende do peso e tamanho da carga. Cobra frete mínimo em encomendas com até 10 quilos. Após isso, o valor vai variar como, por exemplo, pelo espaço que a encomenda ocupa dentro do caminhão. “Ou, às vezes, a gente faz a cotação do frete pelo valor da nota fiscal. Pode ser uma caixa pequena, mas é um produto de valor agregado alto. Aí você faz a cotação. O frete é feito pelo valor da nota. Então, depende muito da característica do volume do cliente”, pontua.