sábado, 7 de setembro de 2024
Goiás é o segundo maior produtor de etanol no Brasil

Goiás é o segundo maior produtor de etanol no Brasil

Com a produção de 5,457 milhões de litros do combustível, Goiás só fica atrás de São Paulo (13,6 milhões de litros).

16 de julho de 2024

Goiás foi o segundo estado que mais produziu etanol no Brasil em 2023, de acordo o Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Conforme os dados, em solo goiano foram produzidos 5,457 milhões de litros do combustível. Goiás fica atrás apenas de São Paulo (13,6 milhões de litros, que representou 38,9% de todo o etanol produzido no Brasil.

Quando falamos em produção por região, o Centro-Oeste ficou em segundo lugar em volume de produção, com mais de 14 bilhões de litros produzidos. O Sudeste fica na dianteira com mais de 17 bilhões de etanol produzido.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Fabricação de Etanol e Açúcar do Estado de Goiás (Sifaeg), André Rocha, destaca que os números podem ser explicados por dois fatores: uma safra recorde no estado e um consumo crescente do combustível.

“Goiás é um dos maiores estados consumidores de etanol no Brasil. O estado, em termos absolutos, é o terceiro. Então, apesar de nós termos a nona maior frota, nós somos o terceiro em consumo. Nós só perdemos em números absolutos para São Paulo e para Minas. Em números relativos, nós somos o segundo. Nós só perdemos para o Mato Grosso”, destaca.

Ele explica ainda que Goiás faz a moagem de 76 milhões de toneladas de cana de açúcar, em média, por ano e que, desse valor, 75% vira etanol. O estado goiano também tem ganhado destaque na produção de etanol de milho, assim como no Brasil como um todo.

Etanol de milho

“O milho hoje representa, mais ou menos, quase 20% da produção de etanol no Brasil. Então, é bem representativa essa produção do etanol a partir de cereais. A gente fala milho, assim, porque você produz um pouco também de sorgo, um pouco de trigo, mas o grosso é milho.”

André Rocha conta que, em Goiás, ocorreu a abertura de apenas uma indústria de etanol de cana de açúcar no ano passado. Mas ele destaca que o estado conta com as maiores usinas flex (produzem etanol de milho e de cana-de-açúcar) do Brasil em Chapadão do Céu e Quirinópolis. Além de usinas menores em Rio Verde, Vicentinópolis e Inhumas. Ele destaca ainda usinas em Jataí e Acreúna com uma produção escalonada.

André Rocha:  "Os números podem ser explicados por dois fatores: uma safra recorde no estado e um consumo crescente do combustível
André Rocha:  “Os números podem ser explicados por dois fatores: uma safra recorde no estado e um consumo crescente do combustível

Mudanças

André Rocha lembra que o estado adotou novas medidas de incentivos fiscais para atrair indústrias, já que os empresários estavam migrando para os estados vizinhos devido às vantagens tributárias.

“Goiás correu atrás. Copiou, colou, naquilo que está previsto na Lei Complementar 160, colou essas leis e, agora, com isso, ele passa a dar uma melhor competitividade às usinas aqui de Goiás. Então, como nós esperamos, o governo federal está anunciando algumas políticas públicas para incentivar o consumo da energia limpa, do combustível limpo e renovável, então, com isso, esperamos que possam vir novos investimentos”, destaca.

Investimentos

O presidente da Sifaeg e presidente em exercício da Fieg ainda pontua um plano ambicioso sobre investimento na área com a cifra de R$ 20 bilhões até 2026. Os investimentos tiveram início no ano passado em diversos segmentos. “Seja na construção de indústrias de açúcar, refinaria de açúcar, planta de etanol de milho, biogás, mas, sobretudo, investimentos na parte agrícola, irrigação e outras questões”, finaliza.

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