sábado, 7 de setembro de 2024
Aluguel residencial dispara em Goiânia

Aluguel residencial dispara em Goiânia

Preço subiu 16,39% em 12 meses, entre junho de 2023 e o mesmo mês deste ano. No mesmo período, a inflação ficou em 4,22%

18 de julho de 2024

Goiânia registrou aumento no preço do aluguel bem acima da inflação nos últimos 12 meses. De junho do ano passado a junho deste ano, o aumento foi de 16,39%. No mesmo período, a inflação registrada foi de 4,22%, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Goiânia ficou em sexto lugar entre as capitais com os aluguéis mais altos do Brasil no período comparado. A capital goiana ficou atrás apenas de Curitiba (21,29%), Salvador (19,58%), Brasília (18,38%), Recife (17,44%) e Porto Alegre (17,27%). A pesquisa foi realizada em 25 cidades.

Já no primeiro semestre deste ano, os preços dos aluguéis subiram 5,16% na capital goiana, mais do que o dobro da inflação do mesmo período medida pelo IPCA, que foi de 2,45%. No Brasil, a alta foi de 8% em média nos seis primeiros meses do ano, o que ficou também bem acima dos 2,48% de inflação entre janeiro a junho deste ano, segundo dados
do Índice FipeZap.

Desequilíbrio

Para o presidente do Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias de Goiás (Secovi), Antônio Carlos, é notório um desequilíbrio na curva entre oferta e demanda. Isso tem contribuído muito para a variação dos preços. Ou seja, vai muito na contramão de outros cenários, como a retomada do crescimento da economia que se teve pós-pandemia.

Em uma análise de viés particular, isso tem acontecido devido à insegurança jurídica diante das tratativas relacionadas entre locador e locatário. “De maneira monocrática, foram retiradas todas as garantias que os locadores tinham de quando o fiador era uma pessoa única, que tinha um imóvel só. Ou seja, ele tirou a garantia de todo o Brasil de uma só vez. Isso leva a refletir se vale a pena ter imóvel para ofertar ou não”, pontua.

Tem razão?

Antônio Carlos destaca que a análise do judiciário sobre o assunto tem tido alguns vieses consumeristas, o que, na visão dele, nem sempre é a realidade. Para ele, é necessário ter uma relação de consumo equilibrada. “Tem muita gente usando esse ‘tem razão de tudo’ de má-fé. E isso vai acontecer não só com locação, mas com o preço de loteamento, por exemplo, de lote, que já está acabando a oferta. Isso, porque são decisões tão exageradas, tão desequilibradas, que para até a oferta, porque ninguém quer entrar no mercado com a certeza de que vai perder dinheiro”, afirma.

Antônio destaca ainda que, caso continue nesse ritmo, além de termos mais aumentos, diminuirá ainda mais a oferta de imóveis para locação.

Brasil

No Brasil, subiu 8% em média, na comparação com o que se cobrava no fim de 2023. A variação ficou bem acima da inflação oficial acumulada de janeiro a junho, de 2,48%, medida pelo IPCA. No acumulado em 12 meses até junho, o Índice FipeZAP teve alta de 14,86%. Variação bem superior ao da inflação oficial no mesmo período, já que o IPCA subiu 4,23% neste intervalo.

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