Pesquisa do IBGE afirma que o goiano ganhou em média R$ 3,1 mil por mês no ano passado, com redução da concentração de renda no estado.
O rendimento médio mensal real dos goianos somou R$ 3.118 em 2024. Embora teve crescimento de apenas 1% em relação ao valor em 2023 (R$ 3.086), é o terceiro aumento real consecutivo. Isso, após quatro quedas seguidas de 2018 a 2021.
Trata-se do maior valor médio na série histórica iniciada em 2012. Também, superou pela segunda vez consecutiva o rendimento médio nacional, de R$ 3.057.
Outra boa notícia, da pesquisa divulgada nesta quinta-feira (8/5) pelo IBGE, é que a concentração de renda caiu em Goiás. O índice de Gini, do rendimento médio mensal real habitualmente recebido em todos os trabalhos, atingiu 0,440 no ano passado, abaixo do índice em 2023 (0,454).
O índice mede a distribuição de ganhos pela população numa escala de zero a 1. Quanto menor, melhor.
O rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência) foi de R$ 3.196 em 2024.
Na comparação por sexo, o rendimento das mulheres foi de R$ 2.570, o que representava 70% do rendimento médio dos homens (R$ 3.669).
Por cor ou raça, a renda média mensal das pessoas de cor preta somou R$ 2.487, correspondendo a 61,8% das pessoas de cor branca (R$ 4.027). Em 2023, estas proporções eram de 70,3% e 77,4% respectivamente.
Na análise por nível de instrução, a diferença é ainda mais expressiva. Os goianos sem instrução tinham renda médio mensal de R$ 1.855, o que correspondeu a 31,9% do rendimento das pessoas com ensino superior completo (R$ 5.821). Em 2023, essa proporção era de 27,8%.
Em Goiás, o aumento no rendimento de todas as fontes pode ser observado tanto no rendimento médio mensal real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 3.196, subindo 3,2% em relação ao ano de 2023), quanto no rendimento médio mensal efetivamente recebido em todos os trabalhos (R$ 3.356, alta de 3,2%).
Contudo, houve queda em outras fontes (R$ 1.895, caindo 9% em relação a 2023). Destaque para aposentadoria e pensão (passando para 2.479, queda de 8%) e aluguel e arrendamento (para 2.007, queda de 20,8%). Por outro lado, outros rendimentos cresceram para R$ 2.441, aumento de 48,6%.