terça-feira, 30 de setembro de 2025
Fieg propõe plataforma digital para comércio de commodities

Fieg propõe plataforma digital para comércio de commodities

Plataforma prevê a negociação de produtos agrícolas, minerais, energéticos e ambientais por contratos inteligentes.

15 de julho de 2025

Carlos Stuart, analista de Comércio Exterior da Fieg, apresentou o Brics Comex

A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) apresentou ao Fórum Empresarial do Brics uma proposta de criação de uma plataforma digital voltada à negociação de commodities entre os países do bloco.

O projeto, nomeado Brics Comex, objetiva facilitar o comércio multilateral por meio de um sistema descentralizado, com uso de blockchain e compensação em moedas locais.

A sugestão elaborada por Carlos Stuart, analista de Comércio Exterior da Fieg, passou a integrar as recomendações dos grupos temáticos de Agronegócio e Comércio e Investimentos. A proposta esteve em debate ao longo do primeiro semestre de 2025 em diferentes frentes do fórum empresarial.

A plataforma prevê a negociação de produtos agrícolas, minerais, energéticos e ambientais, com liquidação automática por contratos inteligentes. Também inclui a criação de um sistema de compensação integrado aos bancos centrais dos países membros e a adoção de uma unidade de referência baseada em uma cesta de moedas do BRICS.

Objetivos

Entre os objetivos estão a redução de custos financeiros, o estímulo à participação de pequenos produtores no comércio internacional e a diminuição da exposição cambial atrelada ao dólar.

O projeto foi selecionado como finalista do BRICS Solutions Awards 2025, iniciativa que reconhece ideias com potencial de impacto no bloco.

“A proposta oferece uma alternativa para o fortalecimento das relações comerciais entre países emergentes, com mais equilíbrio monetário e menos dependência de sistemas tradicionais de compensação”, afirmou Carlos Stuart.

Ele também aponta que projetos dessa natureza tendem a gerar reações geopolíticas: “Iniciativas como essa têm potencial para reconfigurar a dinâmica de influência econômica global, o que pode explicar certos movimentos recentes dos Estados Unidos em relação ao Brasil”.

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