sexta-feira, 15 de agosto de 2025
Cooperativas de crédito podem apoiar empresas goianas na guerra tarifária

Cooperativas de crédito podem apoiar empresas goianas na guerra tarifária

Entidades avaliaram em reunião com o governador Caiado os impactos do tarifaço dos EUA para a economia goiana.

22 de julho de 2025

Luís Alberto: “Sistema cooperativista está pronto para somar forças com o governo estadual”

As cooperativas de crédito estão prontas para atuar de forma estratégica no apoio às empresas goianas, que enfrentam os impactos da crise comercial entre Brasil e Estados Unidos. Segundo declarou Luís Alberto Pereira, presidente do Sistema OCB/GO, durante reunião do setor produtivo com o governador Ronaldo Caiado nesta terça-feira (22/7), no Palácio das Esmeraldas.

Na ocasião, o governador apresentou detalhes sobre a criação de uma nova linha de crédito emergencial, destinada aos setores que mais exportam para os EUA. Essa medida visa fortalecer a economia goiana diante do agravamento da guerra tarifária.

Com início previsto para agosto, a nova linha será viabilizada por meio de um fundo de investimento baseado nos créditos acumulados de ICMS da exportação.

Segundo Caiado, o programa terá um volume inicial de R$ 314 milhões. Além disso, a taxa de juros será de apenas 10% ao ano — ou seja, inferior às taxas praticadas por programas federais. Como contrapartida, as empresas contempladas deverão manter seus empregos.

Capilaridade e condições atrativas

Luís Alberto destacou que o sistema cooperativista está pronto para somar forças com o governo estadual. “Somente em 2024, as cooperativas emprestaram R$ 24 bilhões. Portanto, temos capacidade, juros mais baixos, agilidade, capilaridade e a confiança do produtor rural. Para se ter uma ideia, são 432 pontos de atendimento em Goiás”, ressaltou.

Além disso, ele alertou para os possíveis efeitos negativos da guerra comercial, especialmente no agronegócio.

“Caso o tarifaço dos EUA se concretize e o Brasil responda com medidas equivalentes, as cooperativas — principalmente do ramo agro — sentirão os impactos pela base. Em Goiás, são 48 mil agricultores cooperados que podem ser pressionados pelo aumento dos custos e pela queda nos preços de venda”, afirmou.

“Essa política do governo estadual tem nosso apoio integral, pois representa uma ação concreta em defesa da nossa economia”, disse Márcio Luís.

Facieg também reforça apoio

Por outro lado, o presidente da Facieg (Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás), Márcio Luís da Silva, também declarou apoio à iniciativa. De acordo com ele, a rede da entidade será usada para divulgar amplamente as novas oportunidades de crédito entre os associados.

“Contamos com indústrias, prestadores de serviços e comerciantes. Por isso, vamos levar ao conhecimento de todos as possibilidades oferecidas pelo governo de Goiás”, explicou.

Além disso, a Secretaria da Economia do Estado de Goiás será responsável por validar os créditos de ICMS e autorizar a transferência dos valores entre os contribuintes. Segundo Márcio Luís, a medida é acertada e pode ajudar a amenizar os impactos das tarifas norte-americanas.

“Essa política do governo estadual tem nosso apoio integral, pois representa uma ação concreta em defesa da nossa economia”, concluiu Márcio Luís.

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