sexta-feira, 15 de agosto de 2025
Goiás tem se tornado polo de eficiência na produção de milho

Goiás tem se tornado polo de eficiência na produção de milho

Goiás deve bater recorde na produção de em 2025, com destaque para a safrinha e uso de tecnologias que fortalecem o agro e a agroindústria local.

23 de julho de 2025

Goiás, o terceiro maior produtor de milho do Brasil — atrás apenas de Mato Grosso e Paraná — deve alcançar uma produtividade recorde neste ano. De acordo com projeções atualizadas da Conab, a produção total de grãos no estado deve ultrapassar 33,7 milhões de toneladas, sendo o milho segunda safra, popularmente conhecido como safrinha, o grande protagonista desse crescimento.

Segundo Marcos Boel, supervisor de Sementes da Conceito Agrícola, o milho vai além de um simples cultivo:
“O milho não é apenas um cultivo, ele conecta lavoura, pecuária e agroindústria, gera renda e movimenta a economia local. Goiás é um exemplo de como o investimento em tecnologia pode transformar o campo em um polo de eficiência.”

Além disso, a safrinha goiana permite o melhor aproveitamento dos recursos disponíveis, viabilizando uma segunda safra tão produtiva quanto a soja. Com o suporte de tecnologias de ponta aplicadas no campo, os produtores ampliam sua eficiência. E não para por aí: o milho abastece granjas, confinamentos, cooperativas e ganha ainda mais relevância como matéria-prima para biocombustíveis, como o etanol de milho.

Tecnologias

Conforme destaca Boel: “Investir em biotecnologia e melhoramento genético não é mais um diferencial, mas um requisito para produtividade. As sementes modernas oferecem resistência a pragas e elevado potencial produtivo. Contudo, sem um manejo fitossanitário criterioso, esse desempenho não se traduz em resultados no campo.”

Além da genética avançada, os agricultores também estão investindo em novas moléculas e formulações de fungicidas e inseticidas, especialmente no controle da cigarrinha-do-milho, uma das principais ameaças das últimas safras. Essa combinação está permitindo uma proteção mais eficaz do potencial produtivo das lavouras.

“O setor de sementes tem sido protagonista em inovação, mas nada disso funciona isoladamente. O sucesso vem quando genética, biotecnologia e manejo estão alinhados no campo”, completa o especialista.

Desafios externos

Entretanto, o contexto global apresenta alguns desafios. Segundo dados recentes da plataforma Grão Direto, as exportações brasileiras de milho caíram 80% em julho de 2025, refletindo uma queda na competitividade internacional após os recordes de 2023.

Ainda assim, Goiás se mantém competitivo. Isso se deve, em grande parte, ao elevado nível tecnológico no campo e à posição logística estratégica do estado, com fácil acesso a portos e mercados internacionais.

Boel reforça: “Essa interação entre produção local e agroindústria interna — suínos, aves, etanol, ração — gera valor e reduz custos, tornando o milho goiano competitivo não só dentro do Brasil, mas também no mercado internacional quando o cenário global favorece.”

“Goiás, com sua combinação de clima favorável, investimento em inovação e infraestrutura, reforça seu papel como um dos motores do agro brasileiro — e o milho, sem dúvida, está no centro dessa engrenagem”, conclui.

Saiba mais: Produção de soja deve crescer mais de 21% em Goiás

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