Em 12 meses, o mercado de crédito ampliado cresceu 10,6% e a taxa de inadimplência se mantém estável.
O mercado de crédito ampliado– financeiro e não-financeiro – somou R$ 19,3 trilhões em junho deste ano no Brasil. Trata-se de todo o crédito disponível para empresas, famílias e governos, independentemente da fonte (bancário, mercado de títulos ou dívida externa). Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC).
Houve aumento de 0,9% em junho comparado com maio. Em 12 meses, o crédito ampliado cresceu 10,6%. Com avanços nos títulos públicos de dívida (12,2%), nos empréstimos do SFN (10,1%), nos títulos de dívida securitizados (25,6%) e nos títulos privados de dívida (16,3%).
Já as concessões de crédito (financeiras) somaram R$ 636,9 bilhões em junho. Com redução de 7,5% nas operações com pessoas jurídicas e expansão de 1,4% com as famílias. Em 12 meses, cresceram 13,9%, com altas de 17,7% nas operações com empresas e de 10,9% com pessoas físicas.
Com isso, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 6,6 trilhões, crescimento de 0,5% em relação a maio. Na comparação em 12 meses, o estoque de crédito total cresceu 10,7% no mês passado.
Segundo o Banco Central, a inadimplência ─ atrasos acima de 90 dias ─ mantém-se estável há bastante tempo, com pequenas oscilações, registrando 3,6% em junho. Nas operações para pessoas físicas, situa-se em 4,3% e, para pessoas jurídicas, em 2,4%.
O endividamento das famílias ─ relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses ─ ficou em 49% em maio, aumento de 0,1 p.p. no mês e de 1,4 p.p. em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, o endividamento ficou em 30,7% no quinto mês do ano.
Já o comprometimento da renda ─ relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período ─ ficou em 27,8% em maio, com aumento de 0,4 p.p. na passagem do mês e de 1,9% em 12 meses.