A ordem executiva de Donald Trump traz uma lista de quase 700 exceções ao tarifaço de 50%. Confira as principais.
O presidente Donald Trump assinou nesta quarta-feira (30/7) uma Ordem Executiva que considera o Brasil uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos. Classificação semelhante à adotada contra países considerados hostis à Washington, como Cuba, Venezuela e Irã.
“O presidente Donald J. Trump assinou uma Ordem Executiva implementando uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, elevando o valor total da tarifa para 50%. Para lidar com políticas, práticas e ações recentes do governo brasileiro que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”, diz o comunicado da Casa Branca.
A Ordem Executiva considera que “a perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivado pelo governo do Brasil contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e milhares de seus apoiadores são graves violações dos direitos humanos que minaram o Estado de Direito no Brasil”.
A Casa Branca argumenta que as políticas e ações do governo brasileiro prejudicam empresas, a liberdade de expressão de cidadãos, a política externa e a economia dos EUA. Segundo Trump, as tarifas impostas ao Brasil são para lidar com as “ações imprudentes” do governo brasileiro.
A ordem executiva de Trump traz uma lista de exceções ao tarifaço de 50%. Os quase 700 itens listados não serão afetados, segundo o documento assinado pelo presidente dos EUA. Como suco de laranja, aeronaves, petróleo, celulose e madeira, carvão, aço e seus subprodutos, ferro-gusa, fertilizantes, metais preciosos, castanhas e nozes aparecem na relação.
Já produtos como carne, café e frutas, que também aparecem com força nas exportações aos EUA, não aparecem na lista.
Contudo, desde junho, todo aço que entra nos Estados Unidos já é tarifado com uma alíquota global de 50%. Logo após o Canadá, o Brasil figura como o segundo maior exportador de “aço e ferro” aos norte-americanos.