As vendas do comércio varejista de Goiás recuaram 0,2% em junho, na comparação com maio de 2025. Esse foi o terceiro resultado negativo consecutivo, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (13/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação a junho de 2024, também houve queda, de 0,5%. Trata-se da primeira retração frente ao mesmo mês do ano anterior desde novembro de 2023, quando o indicador havia recuado 1,5%. Apesar disso, o desempenho acumulado nos últimos 12 meses segue positivo, com alta de 2,8%.
De acordo com o IBGE, a causa principal na queda das vendas aconteceu pelo recuo de 9,6% no grupo de combustíveis e lubrificantes frente a junho de 2024. Esse segmento já amarga sua décima retração consecutiva desde setembro do ano passado, quando registrou queda de 9,9%.
Outro fator relevante foi a baixa de 1,2% nas vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, setor que tem o maior peso no comércio varejista goiano.
Por outro lado, alguns segmentos registraram crescimento e ajudaram a amenizar o resultado geral. O maior destaque ficou para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, que avançaram 10,7% e exerceram a maior influência positiva no mês.
Esse desempenho mantém uma série ininterrupta de resultados positivos que já dura cinco anos, desde junho de 2020, quando houve queda de 1,5%. Outro segmento em destaque foi o de móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 8,6% em junho e acumulando alta de 15,6% no ano — o melhor desempenho entre todas as atividades pesquisadas.
Ao considerar o comércio varejista ampliado — que inclui, além dos setores já citados, veículos, motocicletas, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo — a queda foi ainda mais acentuada: 4,2% em relação a junho de 2024. Esse é o quinto resultado negativo consecutivo na comparação anual.
O setor de veículos, motocicletas, partes e peças foi o principal responsável pelo recuo, com queda de 11% em junho, marcando a quinta retração desde janeiro (4,9%). Também registraram baixa o atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo e o segmento de material de construção, ambos com recuo de 1,4%.
Na comparação com maio de 2025, catorze unidades da Federação apresentaram queda nas vendas do comércio varejista, incluindo Goiás (-0,2%), que ficou ligeiramente abaixo da média nacional (-0,1%). O pior resultado foi observado no Tocantins (-4,1%), seguido por Piauí (-3,2%) e Amapá (-2,6%).
Por outro lado, onze estados registraram alta, com destaque para Paraná (2,6%), Roraima (2,2%) e Santa Catarina (1,1%). Espírito Santo e Amazonas apresentaram estabilidade, com variação zero.