A população goiana chegou a 7,35 milhões de habitantes em 2024, segundo o IBGE. Detalhe: passa por um processo de envelhecimento.
Goiás apresentou em 2024 um crescimento populacional muito acima da média nacional. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (22/8) pelo IBGE, a população goiana chegou a 7,35 milhões de habitantes. Esse número representa um aumento de 1% em relação a 2023, enquanto, no mesmo período, a população do Brasil cresceu apenas 0,4%.
Além disso, ao se comparar com 2014, observa-se que Goiás acumulou um avanço de 12,5% em seu contingente populacional, contra apenas 5,8% da média nacional. Portanto, o crescimento goiano é mais que o dobro do verificado no país.
Entretanto, apesar desse crescimento acelerado, a pesquisa mostra que Goiás também enfrenta um processo de envelhecimento populacional. Nos últimos dez anos, houve um alargamento do topo da pirâmide etária e, ao mesmo tempo, um estreitamento da base.
De acordo com o IBGE, entre 2014 e 2024 ocorreu uma redução no percentual de homens e mulheres em todas as faixas etárias até 34 anos. Em contrapartida, registrou-se crescimento em praticamente todas as idades acima de 45 anos. Esse movimento foi observado tanto entre os homens quanto entre as mulheres.
Em 2014, quase metade da população goiana tinha menos de 30 anos, representando 49,3% do total. Porém, em 2024, esse índice caiu para 44,6%. A pesquisa aponta ainda uma redução significativa na participação de grupos específicos:
No intervalo de dez anos, o contingente de pessoas com menos de 30 anos não apenas perdeu participação proporcional, mas também teve uma redução absoluta de 0,6%, passando de 3,29 milhões para 3,27 milhões de pessoas.
Entre os jovens adultos, a participação ficou da seguinte forma em 2024:
Esses números reforçam a tendência de envelhecimento demográfico em Goiás, mesmo em um estado que cresce acima da média nacional. Dessa forma, os dados do IBGE demonstram que, embora a população goiana continue a se expandir, a sua composição etária está mudando de forma consistente e acelerada.
O envelhecimento populacional, a longo prazo, tem implicações na economia do estado. À medida que a base jovem diminui e a proporção de pessoas acima de 45 anos aumenta, o mercado de trabalho, a previdência e os serviços públicos passam a enfrentar novos desafios.
Segundo analistas, poderá haver uma redução gradual da força de trabalho jovem. Em segundo lugar, cresce a pressão sobre o sistema previdenciário e de saúde pública.
Por outro lado, o envelhecimento também pode abrir oportunidades econômicas. O chamado mercado da longevidade vem se expandindo em áreas como saúde, turismo, lazer, tecnologia assistiva e moradia adaptada.
Portanto, o desafio será equilibrar os efeitos negativos da redução da população jovem com a criação de um ambiente favorável à economia prateada.