sábado, 23 de agosto de 2025
Cooperativas oferecem renda maior, segundo estudo da UFG

Cooperativas oferecem renda maior, segundo estudo da UFG

Estudo mostra que o cooperativismo em Goiás garante salários maiores, mais empregos e estabilidade em comparação a outros setores econômicos.

23 de agosto de 2025

Empregados de cooperativas recebem salário superior à média no mercado de trabalho privado

Empreender ou trabalhar em cooperativa em Goiás é sinônimo de renda média maior quando comparado a trabalhadores autônomos de outros setores econômicos. Segundo levantamento da Funape/UFG, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua/IBGE). Ele aponta que o cooperativismo oferece mais estabilidade e ganhos financeiros.

Entre 2012 e 2023, a renda mensal de empreendedores cooperativistas superou a dos demais trabalhadores autônomos. Em alguns anos, essa diferença chegou a ser mais que o dobro. Em 2023, por exemplo, a média de rendimento de um cooperado em Goiás foi de aproximadamente R$ 8,7 mil por mês. Enquanto os autônomos não vinculados a cooperativas obtiveram em média R$ 3,9 mil mensais.

Em 2012, a vantagem já era evidente: os cooperados recebiam R$ 6.064, contra R$ 3.418 dos autônomos, ou seja, 1,77 vez maior.

Ainda em 2023, os trabalhadores associados às cooperativas representavam 3,2% do total geral de ocupados em Goiás. Porém, considerando apenas a massa salarial de empregadores e trabalhadores por conta própria, essa participação chegava a 8,4%, revelando a força do setor na economia goiana.

Mais empregos

O Panorama do Cooperativismo Goiano 2025 aponta que, no final de 2024, as cooperativas ligadas ao Sistema OCB/GO empregavam 18,5 mil colaboradores diretos em Goiás. Esse número representa um crescimento de 3,3% em relação ao ano anterior e de 44% em comparação com 2020.

A geração de empregos se concentra, principalmente, nas cooperativas dos ramos agropecuário (38,1%), crédito (30,1%) e saúde (26,8%) — setores estratégicos que exigem maior complexidade operacional e têm forte impacto social e econômico.

Outro destaque é a participação feminina no cooperativismo goiano, que vem crescendo ano a ano. Em 2024, as mulheres representaram 52,5% dos colaboradores, ultrapassando os homens, que ficaram com 47,5%.

Salários e benefícios

De acordo com a Funape/UFG, com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), os empregados de cooperativas em Goiás receberam, em 2023, salários superiores aos de trabalhadores de empresas não cooperativas.

Além disso, nas cooperativas associadas ao Sistema OCB/GO, o salário médio foi cerca de R$ 1 mil maior que nas cooperativas não vinculadas à entidade, evidenciando que a formalização e a representatividade fortalecem ainda mais os ganhos dos trabalhadores.

Menor rotatividade

Outro ponto positivo do cooperativismo em Goiás é a baixa rotatividade de colaboradores. Enquanto empresas comuns registraram uma média de 51,6 desligamentos por ano, nas cooperativas o índice foi bem menor: 34,9. Essa diferença reduz custos para os empregadores e garante maior estabilidade financeira e de carreira para os trabalhadores.

Além disso, as cooperativas se destacam pela inclusão de pessoas com deficiência. Entre 2019 e 2023, o percentual de colaboradores PcDs no Sistema OCB/GO passou de 1,7% para 3,5%, muito acima da média de empresas de outros segmentos em Goiás, que ficou em torno de 1%.

Saiba mais: Ativos de cooperativas goianas passam dos R$ 70 bilhões

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