Mercado imobiliário em Goiânia cresce 21% em 2025 e mantém a cidade como a 3ª capital que mais vende apartamentos no Brasil.
O mercado imobiliário de Goiânia registrou R$ 4,1 bilhões em vendas de imóveis no primeiro semestre de 2025. Um crescimento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com dados da Ademi-GO (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás), que inclui apartamentos, salas comerciais e casas prontas.
Pelo terceiro ano consecutivo, Goiânia ocupa o 3º lugar entre as capitais que mais comercializam apartamentos no Brasil. Ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Apenas nas unidades residenciais, as vendas somaram R$ 3,4 bilhões.
Segundo Credson Batista, diretor de pesquisas da Ademi-GO, essa posição reforça a força e a consistência do setor imobiliário local. “Tanto tempo nesse posto demonstra a consistência desse crescimento e a força do nosso setor”, afirma.
A pesquisa ainda aponta um crescimento de 6% nos lançamentos residenciais em Goiânia no primeiro semestre. O estoque se mantém estável, com 10.468 unidades disponíveis, número próximo à média histórica da cidade, em torno de 10 mil imóveis.
Outro destaque é o segmento de salas e unidades comerciais. Em junho, Goiânia registrou 40,2% de participação nesse tipo de venda.
Já em Aparecida de Goiânia, cidade vizinha da capital, o estoque de imóveis é muito menor: apenas 377 unidades disponíveis. Isso contrasta com o crescimento populacional de 20% entre dois censos.
Segundo a Ademi-GO, a escassez reforça a necessidade de ampliar os lançamentos na Região Metropolitana de Goiânia, em parceria com o poder público, para atender à demanda crescente das famílias.
Para o presidente da entidade, Fernando Razuk, o movimento está diretamente ligado ao crescimento econômico de Goiás, que supera a média nacional há 15 anos.
O preço médio do metro quadrado na capital goiana subiu 12% no primeiro semestre de 2025, em relação ao semestre anterior, chegando a R$ 10.395. Na comparação anual (junho de 2024 a junho de 2025), o aumento chegou a 15,2%.
Apesar do crescimento, o setor enfrenta desafios. O presidente da Ademi-GO, Felipe Melazzo, alerta para o impacto da reforma tributária, da escassez de mão de obra qualificada e de novas normas de segurança. Como a exigência de sprinklers em garagens e duas escadas em prédios acima de 120 metros.
Segundo ele, essas medidas aumentam a segurança, mas também elevam os custos e, consequentemente, os preços dos imóveis.