Energia, alimentos e gasolina fizeram a prévia da inflação de agosto ficar negativa no Brasil e em Goiânia.
Desconto na conta de luz, queda no preço dos alimentos e gasolina mais barata fizeram a prévia da inflação de agosto ficar negativa em 0,14% no Brasil. Em Goiânia, registrou-se uma queda ainda maior: de 0,35%.
A constatação está no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial no país, divulgado nesta terça-feira (26) pelo IBGE.
Em julho, o IPCA-15 tinha marcado 0,33% no país (e -0,05% em Goiânia).
O resultado de agosto é o menor desde setembro de 2022 e a primeira deflação desde julho de 2023. Em agosto de 2024, o índice marcou 0,19%.
Com o resultado de agosto, o IPCA-15 acumulado em 12 meses no país ficou em 4,95%. Em Goiânia, 4,58%.
O governo trabalha com a meta de manter a inflação oficial em 3% ao ano. Com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para mais ou para menos. Isto é, o máximo tolerado em 4,5%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, quatro apresentam deflação na prévia de agosto. Destaque para a habitação, que viu os preços recuarem 1,13%. O que mais puxou essa queda na inflação da habitação foi a conta de luz, que baixou 4,93%.
A explicação está no chamado Bônus de Itaipu, desconto na conta que beneficiou 80,8 milhões de consumidores.
O segundo grupo que mais ajudou a segurar a inflação foi o de alimentos e bebidas, que recuou 0,53%. É o terceiro mês seguido de deflação no preço da comida, depois de nove meses seguidos de alta.
O grupo dos transportes apresentou deflação de 0,47% na prévia de agosto, impulsionado pelas quedas nas passagens aéreas (-2,59%), automóvel novo (-1,32%) e na gasolina (-1,14%).