Economia brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025, frente ao avanço de 1,4% nos três primeiros meses do ano.
O Produto Interno Bruto brasileiro (PIB) cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025. O resultado representa desaceleração frente ao avanço de 1,4% nos três primeiros meses do ano. Mas os números da atividade econômica entre os meses de abril e junho vieram acima das expectativas do mercado, que esperava um avanço trimestral de 0,3%.
Em agosto deste ano, a Fundação Getulio Vargas (FGV) também havia constatado desaceleração da economia brasileira, com crescimento de 0,5% no segundo trimestre de 2025 em comparação aos três primeiros meses do ano. No primeiro trimestre houve avanço de 1,3%.
Segundo o IBGE, o PIB totalizou R$ 3,2 trilhões em valores correntes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (2/9). Foram R$ 2,7 trilhões vindos de valor adicionado a preços básicos, e outros R$ 431,7 bilhões de impostos sobre produtos líquidos de subsídios.
Pela ótica da oferta, as altas dos setores de serviços (0,6%) e da indústria (0,5%) compensaram a variação negativa da agropecuária (-0,1%). Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,5%, enquanto o consumo do governo caiu 0,6% e os investimentos recuaram 2,2%.
No setor de serviços, houve crescimento de atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,1%), informação e comunicação (1,2%), transporte, armazenagem e correio (1,0%), outras atividades (0,7%) e atividades imobiliárias (0,3%).
A atividade de comércio (0%) ficou estável e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social teve variação negativa (-0,4%).
Já o desempenho positivo na indústria se deve ao crescimento de 5,4% na atividade extrativista. No entanto, houve retração em eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-2,7%), indústrias de transformação (-0,5%) e construção (-0,2%).
Pela ótica da demanda, o consumo das famílias e o setor externo sustentaram o crescimento do PIB, já que houve queda no consumo do governo. A alta nas exportações contribuiu para o resultado positivo.