O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, recuou 0,5% em julho em relação a junho. De acordo com o Banco Central, trata-se da terceira retração consecutiva do indicador, já calculado com ajuste sazonal.
Entre os setores, a indústria registrou a maior queda, com retração de 1,1%, seguida pela agropecuária, que caiu 0,8%.
Na comparação com julho de 2024, o IBC-Br apresentou alta de 1,1%. Além disso, no acumulado de 12 meses, encerrados em julho, o crescimento foi de 3,5%. Já no período entre janeiro e julho de 2025, o resultado também ficou positivo, com expansão de 2,9%.
Portanto, embora o desempenho mensal tenha sido negativo, o indicador ainda aponta um crescimento consistente no longo prazo.
No campo da inflação, houve mudança importante. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (15), mostra que o mercado financeiro revisou para baixo a expectativa de inflação para 2025. Agora, a projeção é de 4,83% para o IPCA.
Há quatro semanas, a previsão era de 4,95%, ou seja, um recuo gradual. Contudo, a estimativa segue acima do teto da meta de inflação estipulada para o próximo ano, que é de 4,5%.
Em agosto, segundo o IBGE, o Brasil registrou inflação negativa de -0,11%, a primeira desde agosto de 2024. Assim, as projeções do mercado ficam cada vez mais próximas do limite superior da meta.
No que se refere ao crescimento econômico, o mercado manteve estáveis as projeções do PIB de 2025, estimado em 2,16%. Há quatro semanas, essa expectativa era de 2,21%, demonstrando, portanto, uma leve revisão para baixo.
Já para 2026, a previsão do PIB caiu para 1,80%, menor do que a registrada uma semana antes (1,85%) e também inferior à de quatro semanas atrás (1,87%).
Outro ponto importante está relacionado ao câmbio. A expectativa para a cotação do dólar ao final de 2025 recuou para R$ 5,50. Esse é o quarto ajuste consecutivo para baixo nas projeções do mercado.
Portanto, o movimento indica uma percepção de maior estabilidade no mercado cambial, ainda que sujeita às variações do cenário internacional.