segunda-feira, 17 de novembro de 2025
Goiás mantém o 3º maior rebanho bovino do Brasil

Goiás mantém o 3º maior rebanho bovino do Brasil

Dados do IBGE confirmam que Goiás segue como protagonista na pecuária e produção animal do Brasil, mesmo com retrações no rebanho bovino e no leite.

18 de setembro de 2025

Goiás registrou 23,2 milhões de cabeças de gado em 2024, consolidando-se como o terceiro maior rebanho bovino do Brasil, com 9,7% de participação nacional. Segundo a pesquisa Produção Pecuária Municipal (PPM) divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (18/9).

Apesar da relevância, o estado apresentou queda de 2,2% em relação a 2023. Dando sequência a uma tendência negativa já observada entre 2022 e 2023, quando a redução havia sido de 2,8%. Assim, Goiás acumula dois anos consecutivos de retração em seu rebanho bovino.

No Brasil, o efetivo de bovinos somou 238,2 milhões de cabeças em 2024, queda de 0,2% frente ao ano anterior. Mas ainda o segundo maior da série histórica. Os líderes continuam sendo Mato Grosso, com 34 milhões de cabeças, e Pará, com 25 milhões.

Municípios em destaque

No cenário municipal, Nova Crixás figura entre os 20 maiores rebanhos bovinos do país, com 772,8 mil cabeças em 2024. Mesmo após queda de 3,6% em relação a 2023.

Outro destaque é São Miguel do Araguaia, que registrou retração de 9,7%, totalizando 595,7 mil cabeças. Também apresentaram reduções Porangatu (470 mil), Caiapônia (417 mil) e Mineiros (380 mil).

Produção de leite

A produção nacional de leite alcançou 35,7 bilhões de litros em 2024, alta de 1,4% mesmo com a queda de 2,8% no número de vacas ordenhadas. Esse movimento reflete o aumento da produtividade, que chegou a 2.632 litros por vaca ao ano (+4,3%).

Já em Goiás, a produção somou 2,92 bilhões de litros, recuo de 2% frente a 2023. Com isso, Orizona, que era o 7º maior produtor municipal, caiu para a 9ª posição, com 124,5 milhões de litros.

Outros municípios goianos relevantes são Piracanjuba (81,6 milhões), Bela Vista de Goiás (80,5 milhões) e Rio Verde (79,5 milhões).

Avicultura

O estado também se destacou na avicultura, com crescimento de 2,1% em 2024, totalizando 98,9 milhões de galináceos, revertendo a queda registrada em 2023.

O município de Rio Verde se posicionou como o 7º maior produtor nacional, com 11,3 milhões de cabeças (+2,6%). Já Itaberaí apresentou redução de 3,5% e aparece em 10º lugar no ranking.

No país, o efetivo de galináceos foi estimado em 1,58 bilhão de cabeças, alta de 1,7%, estabelecendo novo recorde. Santa Maria de Jetibá (ES) lidera com 17,4 milhões de aves.

Suinocultura

A suinocultura nacional atingiu 43,9 milhões de cabeças em 2024, alta de 1,8%, o segundo maior número da série histórica. Goiás acompanhou a tendência, com 1,55 milhão de suínos, crescimento de 0,9% em relação a 2023.

O avanço fez o estado subir para a 7ª posição nacional. Os municípios de destaque são Rio Verde (375,7 mil cabeças), Jataí (110 mil), Montividiu (49,5 mil), além de Mineiros e Aparecida do Rio Doce, com 48 mil cada.

Piscicultura

A piscicultura brasileira produziu 724,9 mil toneladas de peixes em 2024, avanço de 10,3% frente a 2023. A tilápia segue como carro-chefe, com 499,4 mil toneladas, equivalente a 12,8% de crescimento.

Em Goiás, a produção de tilápia atingiu 14 mil toneladas, registrando um crescimento acelerado de 11,2% em relação ao ano anterior, bem acima da expansão de 3,4% observada em 2023.

Saiba mais: Valor da pecuária goiana chega a R$ 8,5 bilhões

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