O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) de Goiás registrou em setembro 50,1 pontos, ultrapassando a linha de confiança (50). Com isso, interrompe meses de cautela no setor produtivo. O dado foi divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e mostra um cenário de retomada gradual para a indústria goiana.
Desde janeiro, quando o indicador estava em 45,3 pontos, o setor vinha apresentando oscilações e registrando incertezas. No entanto, o avanço em setembro marca um início de trimestre mais otimista para as indústrias instaladas no estado.
O Indicador de Condições também apresentou leve alta, passando de 43,6 pontos em agosto para 44,5 em setembro. Sinalizando que os empresários percebem uma melhora no momento atual da economia e das empresas. Já o Indicador de Expectativas avançou para 52,8 pontos, maior patamar desde abril, revelando otimismo com o desempenho no fim do ano.
Segundo o economista da Fieg, Cláudio Henrique Oliveira, a alta no Icei reflete um ambiente de negócios mais estável. Impulsionado por sinais de desaceleração da inflação e relativa estabilidade do câmbio.
“Goiás demonstra resiliência, mas o ritmo de crescimento dependerá da manutenção das condições macroeconômicas e do avanço de políticas que aumentem a competitividade”, afirma o economista.
Esses fatores permitem que a indústria goiana planeje investimentos, projete maior produção e se prepare para atender ao aumento da demanda no fim de ano.
Outro dado relevante é o comportamento do Icei da construção civil no estado. O índice passou de 36,9 pontos em agosto para 47,1 em setembro. Embora ainda esteja abaixo da linha de confiança, o avanço demonstra melhora nas condições atuais (46,9 pontos) e nas expectativas (47,2 pontos), indicando possibilidade de crescimento moderado até dezembro.
O desempenho goiano contrasta com o resultado do Icei Nacional, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que permaneceu abaixo da linha de confiança pelo nono mês seguido, registrando 48,7 pontos. Isso reforça que o empresariado goiano está mais otimista do que a média brasileira.
Além disso, a Sondagem Industrial da CNI mostrou que agosto foi o pior mês para a indústria nacional nos últimos 10 anos. Com queda na produção, redução no número de empregados e recuo da utilização da capacidade instalada.
Nesse contexto, o crescimento de Goiás ganha ainda mais relevância, mostrando que o estado se destaca pela resiliência e maior confiança dos empresários locais, mesmo diante de um ambiente nacional ainda desafiador.