terça-feira, 30 de setembro de 2025
Estado sobe de C para B+ na avaliação do Tesouro Nacional

Estado sobe de C para B+ na avaliação do Tesouro Nacional

Resultado reflete melhora fiscal, abre espaço para crédito com garantia da União e reforça liderança no ranking de qualidade fiscal.

30 de setembro de 2025

Francisco Sérvulo destaca o esforço contínuo do governo para equilibrar receitas e despesas

O governo de Goiás conquistou uma melhora significativa em sua Capacidade de Pagamento (Capag) 2025, passando da nota C para B+. Conforme avaliação divulgada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O resultado leva em conta os dados fiscais de 2024 e reforça a trajetória de ajuste das contas públicas goianas.

Segundo o secretário da Economia, Francisco Sérvulo Freire Nogueira, a nova nota “é o reconhecimento técnico de uma gestão fiscal séria”. E destaca o esforço contínuo da administração estadual para equilibrar receitas e despesas.

Desde dezembro de 2021, Goiás participa do Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Em 2023 e 2024, o Estado havia recebido nota C na Capag. Em grande parte devido à interpretação de que os benefícios do RRF representariam fragilidade financeira. Na época, a STN justificou que as vantagens do regime distorciam os indicadores de endividamento, poupança corrente e liquidez.

O governo goiano, entretanto, recorreu das decisões defendendo que não havia deterioração fiscal e sugerindo ajustes metodológicos para neutralizar esses efeitos temporários. Embora os recursos tenham sido rejeitados, neste ano o Tesouro Nacional passou a aplicar a metodologia defendida pelo Estado, o que resultou na reclassificação para B+.

“O Tesouro adotou agora os critérios que vínhamos defendendo nos últimos dois anos. Sem os ajustes, Goiás ficava na nota C. Com a metodologia correta, conquistamos a nota B+”, afirmou o subsecretário do Tesouro Estadual, Wederson Xavier de Oliveira.

Indicadores avaliados

A Capacidade de Pagamento dos estados é medida com base em três indicadores principais: endividamento, poupança corrente e liquidez relativa. A partir dos resultados fiscais, a STN classifica os entes federativos de A a D.

Apenas aqueles com notas A, A+, B ou B+ podem contratar operações de crédito com garantia da União, o que abre espaço para novos investimentos.

Outro fator que reforça a credibilidade da gestão fiscal de Goiás é o desempenho no Ranking da Qualidade da Informação Contábil e Fiscal no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi). O Estado lidera o ranking há três anos consecutivos com nota A e, na edição 2025, alcançou 100% de pontuação.

Importância para Goiás

A elevação da nota da Capag 2025 fortalece a imagem do Estado perante investidores e instituições financeiras. E aumenta a sua capacidade de captar recursos com melhores condições de crédito. O avanço também sinaliza que a política de responsabilidade fiscal vem dando resultados concretos, equilibrando a necessidade de ajuste com a expansão de investimentos estratégicos.

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