quinta-feira, 2 de outubro de 2025
Estudantes goianos criam smartwatch de baixo custo

Estudantes goianos criam smartwatch de baixo custo

Projeto Sentipulso venceu prêmio nacional e aposta em tecnologia acessível para escolas e famílias.

2 de outubro de 2025

Da esquerda para direita: Anna Beatriz, Pedro Augusto, Késia Cruz, Ana Gabriely e Túlio, que desenvolveram o protótipo de um smartwatch

Duas estudantes de Anápolis (GO) desenvolveram o Sentipulso, um protótipo de smartwatch inovador voltado para auxiliar na comunicação de pessoas neurodivergentes. Como estudantes com autismo, TDAH e dislexia.

As jovens Anna Beatriz Gonçalves de Souza e Ana Gabriely Miranda Pereira, de apenas 15 anos, criaram a tecnologia a partir de peças reaproveitadas de smartwatches e componentes de baixo custo.

O dispositivo mede batimentos cardíacos e identifica emoções como alegria, tristeza ou ansiedade. As informações aparecem no visor, permitindo que professores, colegas e familiares compreendam melhor os sentimentos do usuário.

O projeto nasceu no Programa Profissionaliza Goiás, parceria do Senac com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), que oferece cursos técnicos em escolas públicas.

Tecnologia acessível

Segundo a instrutora Késia de Sousa Cruz, o Sentipulso foi idealizado como uma tecnologia acessível, sem fins lucrativos. “Nosso objetivo é que qualquer família ou escola possa reproduzir o projeto com baixo custo, a partir de manuais e repositórios abertos”, explicou.

O protótipo conquistou o 1º lugar na categoria Referência em Engenharias durante a IX Mostra de Ciência, Inovação, Tecnologia, Empreendedorismo e Cultura (MOSCITEC), realizada em Porto Alegre (RS). Apesar da conquista, as estudantes acompanharam a premiação de forma remota por falta de recursos para viajar.

O caso reforça como a iniciação científica na rede pública pode revelar talentos e gerar soluções de impacto social. “Os alunos identificaram o problema, pesquisaram e desenvolveram a solução. Isso mostra o potencial transformador da educação quando o estudante é protagonista”, avaliou a instrutora.

As alunas já planejam melhorias, como o desenvolvimento de um aplicativo que permitirá maior integração entre famílias e escolas.

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