Com o impacto da alta na conta de luz, a inflação oficial (IPCA) de setembro ficou em 0,75% em Goiânia, invertendo o comportamento de agosto, quando caiu 0,40%. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (9/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Somente a conta de energia elétrica teve alta de 12,1% para os consumidores de Goiânia, a quarta maior do país. Com isso, acumula aumento médio de 9,9%. Já o acumulado da inflação nos últimos 12 meses chegou a 4,51%, abaixo da média nacional (5,17%).
A alta da conta de luz tem explicação na “devolução” do Bônus Itaipu, desconto na conta de agosto que beneficiou 80,8 milhões de consumidores brasileiros. Em setembro, sem o bônus, a fatura fica mais alta na comparação com o mês anterior.
Além do fim do bônus, a conta de luz sofre influência da vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adicionou R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos.
A cobrança extra é determinada pela Aneel para custear usinas termelétricas em tempos de baixa nos reservatórios das hidrelétricas. O adicional é necessário, pois a energia gerada pelas termelétricas é mais cara que a hidrelétrica.
O IPCA de setembro foi 0,48% no Brasil, uma alta de 0,59 ponto percentual em relação a agosto. No ano, a inflação oficial acumula alta de 3,64% e, nos últimos 12 meses, em 5,17%. Portanto, acima da meta do Banco Central, que vai a 4,5% no máximo.
O grupo habitação exerceu a maior pressão nos preços, subindo 2,97%. Dentro do grupo, o subitem energia elétrica residencial, que havia variado -4,21% em agosto, subiu 10,31% em setembro, registrando o maior impacto individual na inflação.