Equatorial Goiás cresce 21% em receita no 1º semestre, mas lucro líquido cai para R$ 7,3 milhões. Investimentos e Ebitda avançam.

A Equatorial Goiás registrou receita líquida de R$ 5,849 bilhões no primeiro semestre de 2025. Uma alta de 21,1% em relação ao mesmo período de 2024, quando somou R$ 4,827 bilhões. O crescimento de R$ 1 bilhão reflete a expansão do mercado, segundo balanço divulgado pela concessionária de energia elétrica no estado.
Este faturamento deve se intensificar ainda mais neste segundo semestre, especialmente nos últimos dois meses do ano. Impulsionado pelo reajuste médio de 18,5% nas tarifas de energia, autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Entretanto, apesar da elevação nas receitas, o lucro líquido despencou. A concessionária apurou ganho de apenas R$ 7,3 milhões entre janeiro e junho de 2025. Bem abaixo dos R$ 509,3 milhões registrados no mesmo intervalo do ano passado.
No período, os investimentos somaram R$ 1,194 bilhão, avanço de 56,7% sobre os R$ 762 milhões de 2024. A empresa afirma que a ampliação da rede e melhorias no sistema resultaram em redução das perdas de energia na distribuição. Caíram de 11,6% para 9,7% no comparativo de 12 meses.
Os indicadores de qualidade também mostraram evolução. A duração média das quedas de energia recuou de 20,1 para 14,8 horas anuais, embora ainda acima do limite regulatório da Aneel (11,2 horas). Já a frequência das interrupções caiu de 10,1 para 6,9 vezes, atingindo patamar melhor que o exigido.
Com isso, o valor das penalidades aplicadas pela Aneel caiu 35,1%, de R$ 128,3 milhões para R$ 83,2 milhões no semestre.
Os custos com energia elétrica subiram de R$ 3,76 bilhões para R$ 4,35 bilhões. Enquanto o gasto com compra de energia para revenda avançou 17,8%, totalizando R$ 2,66 bilhões.
As despesas operacionais chegaram a R$ 679,4 milhões, alta de 40,3% em relação a 2024. Embora os gastos com pessoal (-3,9%) e serviços de terceiros (-6,2%) tenham recuado.
Mesmo com o aumento de custos, o lucro bruto cresceu 40,1%, alcançando R$ 1,495 bilhão, e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 39,8%, de R$ 583,2 milhões para R$ 815,5 milhões.