
Pela segunda semana consecutiva, a projeção do mercado financeiro para a inflação de 2025 no Brasil fica abaixo do teto da meta. Segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (24/11), com as previsões indicando que o ano fechará com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, em 4,45%.
Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta para a inflação é 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
A melhora na previsão veio após o resultado da inflação de outubro (0,09%), do IBGE, ser a menor para o mês desde 1998. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses, findando em outubro, ficou em 4,68%. Portanto, a primeira vez, em oito meses, o patamar apresentado ficou abaixo da casa de 5%.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O recuo da inflação e a desaceleração da economia levaram à manutenção da Selic pela terceira vez seguida, na última reunião, no início deste mês.
No entanto, o Copom não descarta a possibilidade de voltar a elevar os juros “caso julgue apropriado”. A estimativa dos analistas de mercado é, há 22 semanas, de que a Selic encerre 2025 em 15% ao ano. No entanto, foi revista para baixo nas projeções para 2026, passando dos 12,25% para 12%. Para 2027, as projeções seguem mantidas em 10,5%.
Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o mercado manteve as projeções de crescimento de 2,16% em 2025 e de 1,78% em 2026.