Apesar de acumular alta de 9,6% no ano, a valorização de imóveis na capital apresenta desaceleração, segundo a Abecip.

Os imóveis em Goiânia tiveram em outubro valorização de 0,70% no Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), medido pela Abecip. O resultado está entre os menores do conjunto analisado pela entidade no país, reforçando cenário de estabilidade no mercado local.
No acumulado de 2025, a capital goiana soma 9,66%, enquanto a variação em 12 meses alcança 11,12%. Um ritmo considerado moderado pela Abecip, frente ao histórico recente do setor.
A leitura dos números indica que Goiânia atravessa um período de equilíbrio entre oferta e demanda, sem movimentos bruscos de valorização nem pressões inflacionárias atípicas.
O desempenho contrasta com o resultado nacional, que mostrou alta de 2,52% no mês, 15,53% no ano e 16,76% em 12 meses. A Abecip acompanha recortes específicos para nove capitais com maior densidade de informações.
O IGMI-R, calculado a partir dos laudos de avaliação utilizados pelos bancos em financiamentos imobiliários, cobre imóveis de mais de 4 mil municípios. Trata-se de um dos indicadores mais abrangentes do mercado residencial brasileiro.
A variação mensal de outubro mostrou comportamento heterogêneo entre as capitais. Embora todas as quatro grandes regiões monitoradas tenham registrado desaceleração, mesmo com o avanço do índice nacional.
Na Região Sudeste, o mercado em São Paulo acelerou de 1,32% para 2,41% em outubro. No Rio de Janeiro, manteve estabilidade em 2,15% e em Belo Horizonte recuou de 3,81% para 2,14%.
Na Região Nordeste a desaceleração foi generalizada: Recife de 4,28% para 3,43%; Salvador de 3,61% para 3,05% e Fortaleza de 1,59% para 1,07%.
No Sul e Centro-Oeste existem sinais divididos entre aceleração e perda de ritmo. As capitais que registraram maior valorização: Porto Alegre (1,48% → 2,81%) e Brasília (1,85% → 4,73%). As que desaceleraram: Curitiba (4,12% → 2,46%) e Goiânia (0,76% → 0,70%).