
O valor médio de renda dos goianos somou R$ 2.051 por pessoa no domicílio em 2024, segundo a Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta semana pelo IBGE. Ligeiramente acima da média nacional (R$ 2.017). Entretanto, a metade da população goiana (composta por 7,4 milhões habitantes no total) tem renda média de R$ 1.402 (no país é de R$ 1.328).
A pesquisa sinalizou que 10% das pessoas que recebem os valores mais altos acumula 36,7% de todo o rendimento domiciliar per capita em Goiás. Já o grupo dos 10% com os ganhos mais baixos detém apenas 1,7% da quantia total.
Quando se analisa a categoria dos 20% mais ricos, percebe-se que mais de metade (52,4%) do rendimento domiciliar per capita do estado pertence a ela.
Existem poucas alterações quando se estuda a distribuição de renda goiana ao longo do tempo. Desde 2012, com o início da série histórica, a maior parte de todo o rendimento domiciliar per capita sempre ficou concentrada com a classe de 20% das pessoas com os ganhos mais elevados.
Em relação a 2023 – quando 53,6% do total pertencia aos 20% mais ricos –, o resultado mais recente (52,4%) pode representar uma leve redução da desigualdade de renda.
Um dos indicadores importantes é o Índice de Gini. Trata-se de uma medida numérica que representa o afastamento de uma dada distribuição de renda da linha de perfeita igualdade. Ele varia de 0 – situação em que não há desigualdade – a 1 – situação de desigualdade máxima.
Assim, números menores retratam uma distribuição de renda mais igualitária, enquanto os maiores indicam concentração de renda mais elevada.
Em 2024, o Índice de Gini no Brasil foi de 0,504, valor acima do registrado em Goiás (0,462). O estado assinalou o sétimo menor índice do país, o que, na comparação com a média nacional, sinaliza mais igualdade em sua distribuição do rendimento domiciliar per capita.
Os melhores resultados, segundo a pesquisa do IBGE, foram obtidos por Santa Catarina (0,430), Rondônia (0,442) e Mato Grosso (0,442). Por outro lado, Distrito Federal (0,547), Pernambuco (0,530) e Roraima (0,530) apresentaram as maiores concentrações de renda.