Enquanto o IPCA nacional volta a ficar dentro da meta do BC, a capital goiana continua sofrendo alta por conta da energia elétrica.

A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,44% em novembro em Goiânia. É a maior alta do país pelo segundo mês consecutivo. Em outubro último, o aumento chegou a 0,96%.
Segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (10/12) pelo IBGE. Ela destaca que a inflação subiu em 13 das 16 localidades nas quais há acompanhamento dos preços. Depois de Goiânia, as maiores altas aconteceram em Fortaleza (0,42%) e Brasília (0,28%).
Na capital goiana, o grupo habitação registrou alta de 4,29% e foi o que mais contribuiu para a aceleração do índice geral de novembro (0,44%). Destaque para o aumento de 13% do preço da tarifa de energia elétrica residencial, que teve alta pelo terceiro mês consecutivo. Apresentou, em novembro, a maior variação desde fevereiro (15,6%).
Também tiveram impactos significativos os setores de despesas pessoais (0,76%) e de vestuário (1,57%). O primeiro foi influenciado, principalmente, pela alta dos preços de pacotes turísticos (4,7%). Já o grupo de alimentação e bebidas (0,03%) registrou a segunda alta consecutiva após cinco meses de queda.
Por outro lado, o setor de transportes (-0,67%) teve maior influência negativa para o índice mensal goianiense. Após sucessivos aumentos em setembro (3,77%) e outubro (5,39%), os preços de combustíveis de veículos (-1,03%) voltaram a cair, segundo o IBGE.
No Brasil, o IPCA de novembro fechou em 0,18%, resultado que acumular 4,46% em 12 meses. Dessa forma, a inflação oficial volta para o limite da meta do governo, de até 4,5% no acumulado de 12 meses. O índice chegou a ficar 13 meses fora do intervalo de tolerância.
Nos 12 meses terminados em outubro, o IPCA era de 4,68%. Em abril deste ano, o acumulado chegou a marcar 5,53%. O resultado de novembro é o menor para o mês desde 2018, quando a variação foi de -0,21%.