sexta-feira, 19 de dezembro de 2025
PIB de Goiânia cresce e soma R$ 75,8 bilhões em 2023

PIB de Goiânia cresce e soma R$ 75,8 bilhões em 2023

Capital amplia participação no PIB estadual e sobe três posições entre os maiores municípios do país.

19 de dezembro de 2025

O desempenho econômico de Goiânia confirma a retomada do protagonismo da capital goiana no cenário estadual, regional e nacional. O Produto Interno Bruto (PIB) do município alcançou R$ 75,8 bilhões em 2023, resultado que correspondeu a 22,5% de toda a riqueza gerada em Goiás e a 0,7% do PIB brasileiro.

Na comparação com 2022, quando o PIB havia sido de R$ 66,3 bilhões, a participação da capital no total estadual avançou 1,7 ponto percentual. Marcando o primeiro crescimento após quatro anos de retração. Segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (19/12) pelo IBGE.

Esse avanço também se refletiu no ranking nacional. Mesmo mantendo participação estável no PIB do país, Goiânia saltou da 18ª para a 15ª posição entre os municípios com maiores volumes de riqueza do Brasil. Um indicativo de crescimento acima da média de outras grandes cidades.

Centro-Oeste

No recorte regional, Goiânia manteve a segunda colocação no Centro-Oeste, com 6,5% de participação no PIB da região em 2023. O percentual foi o maior desde 2020 e interrompeu uma sequência de três anos de queda. Após a capital registrar, em 2022, o menor patamar da série histórica iniciada em 2002 (6,2%). Brasília segue na liderança, com ampla vantagem e 31,5% do PIB regional.

Apesar da recuperação recente, os dados ainda mostram distância em relação aos recordes históricos de Goiânia. Em 2006, a capital chegou a concentrar 9% do PIB do Centro-Oeste e 29,7% do PIB goiano, patamares que permanecem como referência de pico na série.

Municípios goianos

O levantamento de 2023 também revela mudanças importantes entre os municípios goianos com maior PIB. Entre os 15 maiores, três cidades ganharam posições: Aparecida de Goiânia, que subiu do 4º para o 3º lugar; Cristalina, do 10º para o 9º; e Trindade, do 15º para o 14º.

Em contrapartida, Anápolis, Senador Canedo e Valparaíso de Goiás perderam posições no ranking.

Ao ampliar a análise para os 25 maiores PIBs do estado, entraram na lista São Simão, Itaberaí e Palmeiras de Goiás. Por outro lado, Barro Alto, Paraúna e Santa Helena de Goiás recuaram significativamente, deixando o grupo e passando a ocupar posições mais baixas no ranking estadual.

Desigualdades persistem

Na outra ponta da distribuição, os dados evidenciam a forte desigualdade econômica entre os municípios. Anhanguera registrou o menor PIB de Goiás, com R$ 26,7 mil, sendo também o terceiro menor do Brasil. Apenas Santo Antônio dos Milagres (PI) e Serra da Saudade (MG) apresentaram resultados inferiores no país.

Já Cachoeira de Goiás, com PIB de R$ 45,5 mil, foi o segundo menor do estado. Mas ocupou apenas a 84ª pior posição em nível nacional, mostrando que a concentração dos menores PIBs é mais intensa em outras regiões do país.

Centro-Oeste

Em 2023, oito municípios goianos figuraram entre os 25 maiores PIBs do Centro-Oeste. Além de Goiânia, destacaram-se Rio Verde (5º), Aparecida de Goiânia (6º), Anápolis (7º), Catalão (14º), Jataí (15º), Itumbiara (20º) e Luziânia (22º).

Ainda assim, Goiás perdeu espaço relativo: Mato Grosso passou a liderar a lista, com 11 municípios, enquanto Goiás ficou com oito — dois a menos que no levantamento anterior.

Capitais

No cenário brasileiro, as capitais seguem concentrando grande parte da atividade econômica. Entre os 25 maiores PIBs do país, 11 são capitais, incluindo os três primeiros colocados: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Juntas, essas cidades responderam por 16,9% do PIB nacional em 2023, participação 0,4 ponto percentual superior à registrada no ano anterior.

Além das capitais, o ranking nacional é fortemente influenciado por municípios industriais e logísticos, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Betim (MG), por exemplo, entrou na 25ª posição em 2023, substituindo Itajaí (SC).

PIB per capita

O indicador de PIB per capita reforça a relevância de municípios com forte base industrial e agroenergética. Em Goiás, Perolândia liderou em 2023, com R$ 266,8 mil por habitante, o maior do estado e o 28º maior do Brasil. Em seguida apareceram Davinópolis (R$ 261,0 mil) e Chapadão do Céu (R$ 193,2 mil), repetindo o desempenho de 2022.

Também figuraram entre os cem maiores PIBs per capita do país os municípios goianos de Paraúna e Barro Alto, enquanto, no ranking nacional, os destaques ficaram com Saquarema (RJ), São Francisco do Conde (BA) e Maricá (RJ).

Perspectivas

Os dados mostram que Goiânia volta a ampliar sua relevância econômica após anos de perda relativa. Sustentada pelo fortalecimento do setor de serviços, do comércio e da base urbana da economia.

Ao mesmo tempo, o levantamento reforça os desafios estruturais do desenvolvimento regional em Goiás, marcado por forte concentração de riqueza e por grandes disparidades entre municípios. Um cenário que seguirá exigindo políticas de investimento, diversificação produtiva e integração regional.

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