sábado, 27 de abril de 2024
Mercado já aposta em juros básicos de 4%

Mercado já aposta em juros básicos de 4%

É cada vez maior a aposta de bancos, consultorias e gestoras de que a Taxa Selic, a taxa básica de juros, cairá de 5,5% para 5% na reunião de outubro do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. Em dezembro, na última reunião de 2019, deve haver outro corte de 0,5 ponto porcentual, fazendo […]

15 de outubro de 2019

É cada vez maior a aposta de bancos, consultorias e gestoras de que a Taxa Selic, a taxa básica de juros, cairá de 5,5% para 5% na reunião de outubro do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. Em dezembro, na última reunião de 2019, deve haver outro corte de 0,5 ponto porcentual, fazendo a Selic terminar o ano em 4,5%. Nos últimos dias, cresceram as estimativas de uma taxa básica de juros de 4% em 2020.

A aposta do mercado é de que o Banco Central será mais agressivo no corte dos juros. Tudo isso em decorrência da inflação em baixa e da taxa de câmbio menos volátil. Na última segunda-feira (14/10), Itaú Unibanco, Banco Fibra e Banco Votorantim cortaram suas projeções para a Selic. As três instituições esperam uma taxa de 4% no fim do ciclo, em 2020. Na última semana, ING e Banco Safra já haviam revisto suas estimativas para 4%. Ativa Investimentos e Genial Investimentos também aguardam corte para 4% no próximo ano.

“O mais importante (para rever a projeção) é que a inflação está baixa, as expectativas de inflação ancoradas e o País caminhando para a consolidação fiscal, com o avanço da reforma da Previdência”, disse Felipe Salles, economista do Itaú.

Salles destaca que o ambiente global está mais favorável desde que os Estados Unidos e China acertaram uma trégua. Esse arrefecimento na guerra comercial, aliado a uma redução gradual da taxa de juros nos Estados Unidos, tende a não pressionar ativos de risco, incluindo o real. Um câmbio mais estável significa menos pressão inflacionária e, portanto, Selic mais baixa.

Em relatório, o Banco Fibria destacou que não descarta a possibilidade de a Selic testar, até mesmo, patamares ainda mais baixos do que 4%. “Julgamos que num cenário alternativo onde a atividade econômica exija estímulos adicionais para acelerar, a política fiscal permaneça apertada e as condições globais permitam, o Copom poderia reduzir a taxa Selic para abaixo de 4% ainda em 2020, mas provavelmente após uma pausa no atual ciclo de afrouxamento monetário.”

No banco, a inflação mais baixa e as expectativas ancoradas explicam a revisão para a Selic. O Fibra mudou também a projeção para o IPCA de 2020 de 3,7% para 3,5%.

INFLAÇÃO

A surpresa de deflação de 0,04% do IPCA na última quarta-feira (9/09) foi um dos gatilhos para que o mercado revisse suas apostas para a Selic. O Bradesco e a Quantitas Asset, por exemplo, passaram a estimar 4,5% no fim do ciclo de afrouxamento monetário, em 2020.

“É um ajuste fino. Com a atividade ainda fraca e a percepção de que não deve ter um choque cambial que inviabilize o cenário de juros, o sinal é de que o BC não deve parar em 4,75%. Mas, para ir além disso, seria necessária uma dinâmica cambial melhor. Esperamos que o câmbio fique relativamente estável, terminando este e o próximo ano em R$ 4”, diz o economista João Fernandes, da Quantitas. (Com agências)

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