segunda-feira, 29 de abril de 2024
Oito em cada dez indústrias goianas diminuíram a produção

Oito em cada dez indústrias goianas diminuíram a produção

Duas semanas após a paralisação de parte das atividades econômicas em Goiás, como medida de combate à pandemia de Covid-19, 73,5% das indústrias goianas relatam queda na demanda e 84,8% diminuíram a produção. Os dados fazem parte de sondagem realizada pela Federação das Indústrias de Goiás (Fieg) junto a empresários do setor e divulgada nesta […]

1 de abril de 2020

Duas semanas após a paralisação de parte das atividades econômicas em Goiás, como medida de combate à pandemia de Covid-19, 73,5% das indústrias goianas relatam queda na demanda e 84,8% diminuíram a produção. Os dados fazem parte de sondagem realizada pela Federação das Indústrias de Goiás (Fieg) junto a empresários do setor e divulgada nesta quarta-feira, 1º de abril.

Das empresas consultadas, 5% admitiram que realizaram demissões, devido aos impactos da crise econômica em consequência da crise de saúde. Porém, 36% sinalizaram que haverá queda no contingente de empregados – enquanto 45% delas dizem que a expectativa é de estabilidade.

Quase metade das empresas (45,4%) relatou que terá muita dificuldade para pagamento de suas obrigações, como salários, tributos, fornecedores, energia elétrica, água e aluguel, entre outras despesas. Para 27,2% será difícil. Apenas 3% disseram que será muito fácil. Apesar de 45,4% delas não terem, ainda, buscado linhas de crédito para capital de giro, entre as que buscaram, 30% relataram que o acesso está muito mais difícil que antes da pandemia – para 22%, está mais difícil. Para 3%, a situação está, até agora, inalterada.

A sondagem também apurou quais foram os maiores impactos com a quarentena. A queda de faturamento foi apontada por 69,7% dos entrevistados, enquanto 51,5% disseram que houve cancelamento de pedidos. Outros 27,2% paralisaram a produção, enquanto 21,2% enfrentaram dificuldade na obtenção de insumos e 9% têm dificuldade em escoar a produção.

Os setores que sentiram retração mais intensa foram o moveleiro, manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, de produtos mineiras não metálicos, metalurgia e calçados. Por outro lado, há setores que tiveram aumento na produção, como o de alimentos, têxteis, farmoquímos e farmacêuticos e de produtos de limpeza (como sabões e detergentes). No total, 12% das indústrias relataram crescimento na produção.

Por outro lado, os setores que crescem são os que mais sentem dificuldade de encontrar insumos. É o caso das indústrias de produtos de limpeza e das indústrias farmoquímicas e farmacêuticas. A sondagem da Fieg reforça dados divulgados na sexta-feira, 27 de março, pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg). Em sondagem semelhante, a Acieg apurou que 77% dos empresários temem não conseguir reabrir suas empresas caso a quarentena ultrapasse quatro semanas, enquanto 78% alegam que terão de demitir funcionários.

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