segunda-feira, 6 de outubro de 2025
Coletivo+ ajuda marcas goianas a desenvolverem

Coletivo+ ajuda marcas goianas a desenvolverem

EMPREENDER EM GOIÁS conversou com duas empreendedoras que fazem parte do Coletivo +, que ajuda a projetar marcas goianas a terem contatos com potenciais clientes

26 de outubro de 2024

Mariana Brito: “São louças que as pessoas não vão encontrar em nenhum lugar. A gente preza pela exclusividade e afeto”

Mariana Brito lançou a própria marca de louças com escritas personalizadas. Segundo ela, são peças exclusivas para presentear e se auto presentear. Hoje, ela fabrica pratos, copos e conjuntos de jantar feitos em cerâmica e no vidro.

A empresária começou a vender de maneira online, mas viu o negócio dar uma guinada quando expôs no Coletivo +, uma iniciativa com objetivo de reunir pequenos empreendedores que apresentam seus produtos para potenciais novos clientes. 

Mariana, que tem seis meses de loja aberta, conta com 100 produtos disponíveis. Para personalização de cada peça, há um tempo diferente, mas, em média, são 48 horas para cada uma ficar pronta.

“Cada peça fica de 6 a 8 horas dentro do forno profissional e, depois, vai para a fase de descanso. A porcelana chega em média de 800º C  e o vidro em média de 500º C. Então, quando atinge essa temperatura, a escrita não sai. É como se a tinta tivesse passado pela louça”, explica. 

Criatividade

A empresária destaca que a ideia da Mari Brito Ateliê surgiu do fato de gostar de desenvolver peças criativas, que diferenciam de produtos que já existem no mercado. Segundo ela, as frases gravadas são de músicas, poemas, para levar o comprador a ter uma memória afetiva. 

Mesmo com pouco tempo, ela vende no varejo e já iniciou o processo de atacado acima de R$ 1.500. As peças já estão em nove estados brasileiros e elas são produzidas com ajuda dos familiares de Mariana. 

“São louças que as pessoas não vão encontrar em nenhum lugar. A gente preza pela exclusividade e afeto.Eu falo que todo mundo que passa no nosso estande, na nossa mesa, pelo menos um sorriso é o que tem que tirar da pessoa. Porque, realmente, cada frase é significativa. Eu acho que é questão de afeto mesmo”, destaca. 

Peças de linho 

Cejana Roriz, proprietária da marca que leva  o nome dela, destaca que a loja foi criada depois de uma período muito complicado vivido na pandemia da Covid-19, quando ficou internada na UTI correndo risco de vida. 

Cejana Roriz fez uma camisa para a cantora Simone Mendes, que sempre usa a peça

Sempre trabalhando como vendedora, ela sentiu que, depois de passar por essa experiência traumatizante, precisava investir no que realmente gostava, que era a moda. Cejana passou, então, a fabricar peças de linho. 

Ela também começou de maneira virtual, com cinco modelos. Com mais três outras mulheres que também fazem parte do Coletivo + montou uma loja colaborativa. Mesmo assim, continua com as vendas online e também fazendo presença nos coletivos. Atualmente, Cejana conta com mais de 25 modelos disponíveis. 

“Agora eu trabalho com cápsulas, onde sempre tem novidades. Não dá para eu repetir. Toda semana tem chegado cápsula com roupas, como colete, blazer, short saia, vestidos, batas”, revela. 

Cejana destaca que a moda dela é atemporal e é voltada para o público 40 +. Entretanto, os modelos são usuais em qualquer ocasião. As peças já foram expostas em feiras de muitas cidades do Brasil, como no Rio de Janeiro, e vão estar na edição da Expo Fecomércio. 

Globo

Ela conta, com orgulho, que a primeira nota fiscal da empresa foi emitida para a Globo, que comprou um kimono. Também já fez uma camisa para a cantora Simone Mendes, que sempre usa a peça.

“Para a mulher, é uma moda despojada e sofisticada.Essa é a frase. É para a mulher que está em casa, quer buscar o menino na escola ou ela foi trabalhar, quer ir para um boteco, quer jantar. É aquela roupa para todas as ocasiões”, pontua. 

Segundo ela, o Coletivo+ tem um espaço especial no seu processo como empreendedora, já que foi possível ter contato com clientes e com outros profissionais. “Ele é diferente. Todo mundo se ajuda. Não existe concorrência. Eu mesmo vendo mais no coletivo do que na minha loja”, reforça. 

Coletivo +

O Coletivo Mais é um projeto que Nara Velasco  lançou durante a pandemia. Ela conta que sentiu a necessidade da humanização das marcas, para o pós-pandemia. Hoje, o projeto conta com 83 marcas, sendo 90% delas autorais. 

O evento acontece trimestralmente com o objetivo de mostrar quem está por trás das marcas que estão no Instagram. 

“A gente está vendo essa necessidade que as pessoas têm de estar conhecendo, pegando o produto, experimentando, vendo presencialmente, conhecendo quem que está por trás daquele arroba dessa marca, com quem que eles estão negociando”, pontua.

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