Existem 353 mil mulheres empreendedoras em Goiás. De cada 10 delas, 4 utilizam os próprios lares como base para o negócio, acima da proporção de homens, que é de 1 a cada 10. Segundo dados da quinta edição do estudo Perfil da Empreendedora Goiana, do Sebrae Goiás em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG).
O levantamento apurou que as mulheres empreendedoras têm idade média de 42 anos. Sendo que 50% se autodeclaram negras, 45% possuem até ensino médio e 35% concluíram o nível superior.
A renda média delas é de R$ 2,7 mil por mês. Ao mesmo tempo, homens na mesma condição têm rendimento médio de R$ 4,3 mil.
Já rendimento mensal médio das mulheres que empreendem em casa é de R$ 1.755. Valor inferior ao das empreendedoras que atuam fora, de R$ 3.412.
As mulheres dedicam 35 horas semanais ao empreendedorismo, enquanto os homens dedicam em média 43 horas semanais ao negócio.
Das 140 mil mulheres goianas que empreendem em casa, apenas 18% possuem CNPJ. Enquanto, entre as que atuam fora da residência, a formalidade chega a 53%.
A pesquisa aponta que, entre os motivos para empreender em casa, estão: a redução de custos; otimização do tempo; possibilidade de conciliar trabalho e família; facilidade proporcionada pelo modelo de negócio digital; possibilidade de experimentar um novo produto ou serviço com riscos reduzidos.
Por sua vez, os principais desafios de empreender na própria residência envolvem a dificuldade em separar as despesas pessoais das do negócio, a dificuldade de definir corretamente os preços dos produtos e de conciliar o trabalho com a rotina doméstica e familiar.
Após a pandemia da Covid-19, a proporção de empresas abertas em Goiás por mulheres apresentou leve diminuição: passou de 44% em 2021 para 41% em 2024. As empresas abertas por homens correspondem a 59% do total.