sábado, 4 de outubro de 2025
A empresa reúne mais de 40 mil hectares em Goiás e Tocantins para cobre, terras raras, grata e ouro.
O diretor-executivo da Axia Resources, Leonardo Prudente, revelou detalhes do plano de investimento para Goiás. Fundada com o propósito de descobrir depósitos minerais estratégicos para o futuro, a empresa reúne mais de 40 mil hectares em 22 alvarás de pesquisa em Goiás e Tocantins. Para cobre, terras raras, grata e ouro.
A Axia vai explorar reserva de cobre na região de Bom Jardim de Goiás, no Sudoeste do Estado. Para isso, investirá na implantação de um dos mais modernos laboratórios de pesquisas do país, com R$ 40 milhões, no parque tecnológico da Universidade Federal de Goiás (UFG) em Goiânia.
Prudente participou na semana passada de um painel sobre inovação e transição energética durante o Brics Jovem, no Rio de Janeiro (RJ). Ele ressaltou o papel estratégico do cobre para o futuro sustentável da mineração. E detalhou as ações da Axia voltadas à pesquisa e ao uso de tecnologias aplicadas à descoberta de depósitos minerais.
O executivo explicou que o novo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Goiânia vai atuar em áreas como petrofísica, geoquímica, machine learning e caracterização mineralógica. Para apoiar a descoberta de minerais essenciais à transição energética. A Axia tem priorizado o desenvolvimento de áreas com potencial para cobre e terras raras, assim como o ouro.
Prudente destacou que a parceria com a UFG é considerada estratégica pela Axia, por permitir a união entre pesquisa aplicada e excelência técnica, elementos que a empresa enxerga como fundamentais para o futuro da mineração. Atualmente, a empresa já mantém convênios com a Universidade de Brasília (UnB), responsável pela aquisição e interpretação da geofísica, e com a própria UFG, que atua em geoquímica e supervisão geostatística dos projetos.
“O cobre se destaca como um dos mais importantes (minerais) para garantir o sucesso da transição energética e a continuidade do crescimento econômico global. Ele é fundamental para a condução elétrica em cabos, motores, transformadores, veículos elétricos e sistemas de geração renovável”, afirmou.
A demanda por cobre deve crescer significativamente nas próximas décadas. Segundo o executivo da Axia, o consumo global poderá ultrapassar 50 milhões de toneladas por ano até 2050. Impulsionado principalmente pela eletrificação dos transportes e pela expansão das energias renováveis.
Contudo, Prudente alertou para os desafios que esse crescimento impõe: prazos longos para abertura de novas minas e maiores exigências ambientais e sociais. As pesquisas da Axia em Bom Jardim de Goiás começaram em 2023, com uma estimativa inicial de recursos minerais de aproximadamente 4,5 milhões de toneladas de minério de cobre.
