quarta-feira, 27 de agosto de 2025
Amorim aponta cenário de oportunidades para empresários

Amorim aponta cenário de oportunidades para empresários

Ricardo Amorim destaca no evento Alfa C-Level, em Goiânia, que o Brasil vive um cenário de oportunidades econômicas. Confira sua análise.

27 de agosto de 2025

Ricardo Amorim: “Somos o único grande mercado emergente com pouquíssimo risco de conflito”.

O economista Ricardo Amorim, eleito pela revista Forbes o mais influente do Brasil, analisa que o país está em um momento repleto de oportunidades. Ainda que a maioria das pessoas não perceba. “Estamos na fase em que mais oportunidades existem”, disse durante sua participação no evento Alfa C-Level nesta terça-feira (26/08), em Goiânia.

Ao palestrar na imersão promovida pela UNIALFA no Centro Cultural Oscar Niemeyer, Ricardo analisou o cenário econômico mundial e brasileiro. E destacou como ambos podem ser positivos para os empresários brasileiros.

Para o economista, ainda que o tarifaço imposto pelos Estados Unidos tenha seus pontos negativos, não impactará tanto o Brasil quanto todos imaginam. “A moeda mais forte do mundo desde que Trump anunciou o tarifaço é o real”, comentou.

Amorim frisou também que o PIB brasileiro tem crescido, nos últimos anos, além da expectativa dos economistas. A baixa taxa de desemprego injetou R$ 80 bilhões na economia. Além disso, ele destacou nosso potencial de mercado emergente: “Somos o único grande mercado emergente com pouquíssimo risco de conflito”.

“Os vários outros mercados emergentes no mundo, como Rússia, Índia e Irã, estão envolvidos em conflitos armados. Nosso país não tem essa tradição bélica e, por isso, atrai o interesse de muitos investidores internacionais”, afirmou.

Portanto, Amorim crê que o PIB brasileiro continuará a crescer. “O Brasil hoje está ganhando os investimentos diretos de grandes empresas por WO”.

Inflação menor

Ricardo Amorim entende que o tarifaço pode reduzir a inflação como um efeito colateral. Isso porque os produtos que não mais serão exportados por conta das taxas podem ficar no mercado interno. Com o mercado interno com mais oferta, os preços dos produtos cairão. Consequentemente, a taxa de juros poderá diminuir também, o que abre caminho para investidores e empresários terem acesso facilitado ao crédito.

Segundo ele, aqueles produtos que não se manterem aqui podem muito bem encontrar outros mercados promissores. Portanto, as oportunidades são muitas, ainda que o cenário seja desafiador. O economista recomenda que os homens e mulheres de negócios busquem diferenciar-se da concorrência e aproveitem o surgimento da inteligência artificial.

“Estamos na maior revolução tecnológica desde a chegada da energia elétrica. Você só tem baixa competitividade se faz algo completamente diferente dos concorrentes”, argumentou.

Situação fiscal

O economista entende que a situação fiscal do Brasil é difícil, mas que deve se alterar nos próximos anos por conta da reforma tributária. Para Amorim, a reforma tem benefícios e malefícios. A principal mudança que ela trará é o crescimento das indústrias, que serão menos taxadas. Outro efeito colateral é um forte impacto no setor de serviços, que sofrerá com maiores impostos.

No entanto, todos esses desafios podem ser superados por decisões estratégicas inteligentes. Ricardo Amorim entende que o melhor momento para crescer é aquele em que a grande maioria só está enxergando problemas. Os poucos que encontrarem soluções em meio aos desafios serão os grandes vencedores. Para ele, é preciso agir.

“A grande maioria só está focando nos problemas e não está olhando para as oportunidades. É exatamente por isso que as oportunidades se tornam ainda maiores. Quando a maioria não viu ainda, a concorrência é menor e a chance de você ter sucesso cresce bastante”, frisou.

Para o economista, a situação está longe de estar mil maravilhas, mas encontra-se muito melhor do que todo mundo se dá conta e isso cria, para aqueles que agem, grandes oportunidades. “As chances sempre existem para quem age primeiro. Para os líderes de negócios do Brasil, fica o alerta: chegar no final da festa é chegar para pagar a conta e desligar a luz”, frisou.

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