segunda-feira, 1 de setembro de 2025
Tarifaço Trump: indústrias goianas vão aos EUA

Tarifaço Trump: indústrias goianas vão aos EUA

Comitiva da Fieg viaja a Washington para discutir tarifas impostas pelos EUA sobre açúcar, etanol e vermiculita.

1 de setembro de 2025

André Rocha: “Estamos fazendo o nosso papel como federação e como empresários

Representantes de várias empresas goianas embarcam nesta terça-feira (2/9) para os Estados Unidos com a missão de discutir as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump. Eles integram a comitiva da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), que por sua vez participa da missão liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O presidente da Fieg, André Rocha, lidera a delegação goiana em Washington (EUA). Ao seu lado estão executivos de grandes empresas, como Jalles, Goiasa, Brasil Minérios, Raízen (com unidade em Goiás) e Inpasa, atualmente em implantação em Rio Verde.

Segundo ele, os setores mais impactados pelas tarifas são açúcar, etanol e vermiculita. “Só o açúcar orgânico representa até 90% da produção de algumas empresas goianas voltada ao mercado americano. Sem acesso ao mercado europeu, por conta de acordos com a Colômbia, essas empresas hoje não têm alternativas viáveis”, destacou.

Ainda de acordo com Rocha, a missão tem caráter estratégico e não de confronto. “Estamos fazendo o nosso papel como federação e como empresários, defendendo empregos e a continuidade das exportações”, acrescentou.

A agenda inclui: audiências públicas da Seção 301 no Departamento de Comércio dos EUA; encontros com congressistas e compradores americanos; e reuniões com entidades empresariais norte-americanas.

Além disso, nesta terça-feira (2) acontecem reuniões internas com o escritório de assessoria contratado pela CNI. Já na quarta-feira (3), está prevista a apresentação sobre o comércio bilateral no contexto das tarifas e a audiência pública da Seção 301. Também haverá reunião no Capitólio.

Participação nacional e multinacional

A missão reúne 125 representantes da indústria brasileira. Entre eles, multinacionais como Embraer, Alcoa, Caterpillar, Tramontina, Volvo e Stefanini, além de entidades como a Associação Brasileira do Alumínio (Abal), a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

Na quinta-feira (4), será realizado o Diálogo Empresarial Brasil–EUA, com o tema impactos comerciais e estratégias para aprofundar a parceria econômica. O encontro terá a presença de Ricardo Alban (presidente da CNI), Neil Bradley (vice-presidente da US Chamber of Commerce), Abraão Árabe Neto (CEO da Amcham Brasil) e Lisa Schroeter (Dow / Brasil–US CEO Forum).

Estratégias e próximos passos

Também está previsto um diálogo setorial com o embaixador Roberto Azevêdo, consultor da CNI, e representantes de diferentes setores. A pauta será o impacto das tarifas e os caminhos para ampliar a parceria econômica com os Estados Unidos.

A programação contempla ainda:

  • Rodadas bilaterais Brasil x EUA com associações e compradores.
  • Reuniões no Departamento de Comércio Exterior dos EUA.
  • Encontros com congressistas norte-americanos.
  • Encerramento da missão com o tema: “Tarifas norte-americanas sobre produtos brasileiros – Seção 301”.

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