terça-feira, 16 de setembro de 2025
Desemprego no Brasil atinge menor nível desde 2012

Desemprego no Brasil atinge menor nível desde 2012

Taxa de desemprego no Brasil cai para 5,6% em julho de 2025, com recorde de ocupação e aumento da renda, aponta IBGE.

16 de setembro de 2025

O número de trabalhadores ocupados aumentou principalmente na agropecuária

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,6% no trimestre encerrado em julho de 2025, segundo dados divulgados nesta terça-feira (16/9) pelo IBGE. Esse é o menor índice da série histórica iniciada em 2012, refletindo a melhora consistente no mercado de trabalho e o aumento da formalização.

De acordo com a pesquisa, o número de desocupados caiu para 6,1 milhões de pessoas. Uma redução de 14,2% em relação ao trimestre anterior e de 16% frente ao mesmo período de 2024. Ao mesmo tempo, a população ocupada chegou a 102,4 milhões, um recorde histórico, com crescimento de 1,2% no trimestre e 2,4% no ano.

O nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas empregadas na população em idade de trabalhar, ficou em 58,8%, também o maior da série.

Outro destaque positivo foi a redução da taxa de subutilização da força de trabalho, que caiu para 14,1%, o menor patamar já registrado. Esse índice considera pessoas em subemprego ou que gostariam de trabalhar mais horas.

O número de trabalhadores desalentados, que desistiram de procurar emprego, também diminuiu: foram 2,7 milhões no trimestre, queda de 11% em relação ao período anterior.

Emprego formal

O avanço do mercado de trabalho foi impulsionado pelo aumento dos empregos com carteira assinada. O número de empregados formais no setor privado chegou a 39,1 milhões de pessoas, recorde da série histórica, com crescimento de 3,5% em 12 meses.

Além disso, os trabalhadores por conta própria também bateram recorde, somando 25,9 milhões de pessoas, alta de 4,2% no ano. Já a taxa de informalidade segue elevada, atingindo 37,8% da população ocupada, o que representa 38,8 milhões de trabalhadores.

Renda média aumenta

A pesquisa do IBGE mostra ainda que o rendimento médio real habitual chegou a R$ 3.484, o maior valor da série histórica. Esse resultado representa uma alta de 1,3% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% frente a 2024.

Já a massa de rendimento real habitual, que corresponde à soma de todos os salários pagos, alcançou R$ 352,3 bilhões, crescimento de 6,4% no ano.

Setores

Na comparação com o trimestre anterior, o número de ocupados aumentou principalmente nos setores de: agropecuária (+2,7% ou 206 mil pessoas); informação, comunicação e atividades financeiras e administrativas (+2,0% ou 260 mil pessoas); e administração pública, saúde e educação (+2,8% ou 522 mil pessoas).

Já em relação a 2024, houve crescimento de empregos na indústria (+4,6%), comércio (+2,1%), transporte e armazenagem (+6,5%) e serviços públicos e sociais (+3,7%).

No quesito rendimento por setor, os maiores avanços foram registrados em agropecuária (+7,2%), construção civil (+7,0%) e atividades financeiras e administrativas (+5,3%).

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