Comércio goiano tem dificuldade de receber dívidas

O comércio goiano está preocupado com a alta da inadimplência dos consumidores e tem se desdobrado para receber dívidas em atraso de clientes. Segundo dados do SPC Brasil, 42,9% da população adulta de Goiás está endividada e com as contas atrasadas. Só em agosto deste ano, a inadimplência em Goiás cresceu 9,6% na comparação com agosto de 2024.

Entre as medidas adotadas, está a flexibilização dos prazos de pagamentos. Entretanto, ainda assim, muitos consumidores ainda têm dificuldade para colocar suas contas em dia. Segundo a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO). Para a entidade, nem a maior propensão das lojas em oferecer descontos em multas e juros nas parcelas atrasadas têm sido suficiente.

“A gente percebe, por exemplo, nos feirões de limpa nome, que o consumidor comparece, negocia, tenta reorganizar a vida financeira. Mas a situação da economia, com os juros tão altos, pesa muito no orçamento das famílias, levando o consumidor a priorizar a alimentação e os custos fixos das suas casas, e isso é compreensível”, argumenta o presidente da FCDL-GO, Valdir Ribeiro.

Recomendações

Ele afirma que o varejo goiano segue as recomendações do SPC Brasil para recuperação de créditos. Como fazer abordagens específicas a consumidores reincidentes e iniciar a cobrança o mais cedo possível. Porém, ainda assim o grau de endividamento da população segue alto, sem perspectiva de recuo a curto prazo.

Em Goiás, os bancos são os maiores credores das dívidas atrasadas (62%). Seguidos pelas lojas do comércio (11,5%), concessionárias de água e luz (8,8%) e empresas de serviços de comunicação (6,7%). Em agosto deste ano, cada goiano negativado devia, em média, R$ 5.210,77 (somando todas as dívidas). E entre os negativados, 87,3% já tinham entrado em cadastros de devedores nos últimos 12 meses.

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