terça-feira, 23 de setembro de 2025
Mulheres já são maioria nas cooperativas em Goiás

Mulheres já são maioria nas cooperativas em Goiás

Mulheres já são maioria no quadro de colaboradores das cooperativas em Goiás, com 51,8% das vagas. Cresce também presença em cargos de liderança.

23 de setembro de 2025

Cooperativas em Goiás têm maioria de mulheres entre colaboradores e mais presença em diretorias

O cooperativismo goiano vive uma transformação silenciosa, mas expressiva: as mulheres consolidaram sua presença no mercado de trabalho das cooperativas e, em 2024, passaram a representar a maioria dos colaboradores.

Segundo o Panorama do Cooperativismo Goiano 2025, elas ocuparam 51,8% dos postos de trabalho, o equivalente a 9.616 profissionais.

A presença feminina é mais marcante em segmentos como crédito, saúde e consumo, ramos que apresentam maior equilíbrio ou predominância de mão de obra feminina. Já em áreas tradicionalmente masculinas, como transporte e agropecuária, a participação ainda é menor, mas registra crescimento constante.

Para o presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, essa tendência acompanha o movimento do mercado de trabalho nacional. “Temos incentivado as mulheres a também participarem do quadro de associados das cooperativas, inclusive ocupando posições de comando”, afirma.

Liderança em ascensão

Um exemplo é a Uniodonto Goiânia, onde as mulheres não só são maioria, mas também ocupam postos estratégicos. Segundo Renata Borges e Oliveira, gerente de Gestão de Pessoas da cooperativa, dos 86 colaboradores, 66 são mulheres.

Entre os 16 cargos de liderança, 13 são femininos, e no nível diretivo, duas das quatro posições executivas são ocupadas por mulheres. “Essa evolução reforça o compromisso da cooperativa em valorizar e reconhecer o potencial de nossa equipe”, destaca Renata.

Mulheres cooperadas

Embora a presença feminina entre os colaboradores já seja consolidada, o avanço no quadro de cooperados — que formam a base social das cooperativas — ocorre em ritmo mais gradual. Em 2024, as mulheres representavam 28,6% dos associados e, em 2025, chegaram a 29,2%.

Os homens ainda são maioria, mas a tendência de crescimento é clara. Para especialistas, o cooperativismo se apresenta como alternativa econômica para mulheres que buscam autonomia financeira, empreendedorismo coletivo e integração comunitária.

A expectativa é que, nos próximos anos, a participação feminina continue em alta, impulsionada por políticas de incentivo, programas de capacitação e estratégias de atração de novas cooperadas.

O Sistema OCB/GO e a OCB nacional vêm investindo em iniciativas como o Comitê de Mulheres Elas pelo Coop, que busca ampliar a representatividade em todos os níveis — especialmente em cargos de liderança. “Nosso objetivo é construir um cooperativismo mais diverso e democrático”, resume Luís Alberto.

Leia também: Saiba as maiores demandas das mulheres que querem empreender

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