Segundo indicador do BC, o crescimento da economia brasileira tem sido menor a cada mês, efeito direto dos juros altos.
A atividade econômica brasileira pode ter entrado numa fase de estagnação, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Embora em agosto deste ano ele tenha crescido 0,4% em relação ao mês anterior (julho), quando comparado com o mesmo mês de 2024 o crescimento foi de apenas 0,1%.
No acumulado deste ano, a atividade econômica brasileira avançou 2,6%. Numa velocidade inferior ao acumulado dos últimos 12 meses, até agosto deste ano, com alta de 3,2%. Portanto, mais um sinal de que a economia brasileira tem crescido menos e corre o risco de entrar num período de estagnação.
Principal motivo disto: os efeitos dos juros altos impostos pelo Banco Central para fazer que a inflação do país converta para dentro das metas. O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 15% ao ano.
Quando o Copom aumenta a taxa Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida. Isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudam a redução da inflação, mas também afetam o crescimento econômico.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.