Goiás se consolida como referência nacional em startups de biotecnologia. Conheça sete empresas que inovam em saúde, agronegócio, energia e indústria.

O ecossistema de inovação goiano vem se consolidando como referência no Brasil quando o assunto é biotecnologia. Com apoio de instituições como a FAEG, FAPEG, UFG e Institutos Federais, o estado tem atraído investimentos e criado soluções de impacto global em áreas como saúde, agronegócio, energia, sustentabilidade e indústria.
Nos últimos anos, surgiram em Goiás startups que estão transformando conhecimento científico em negócios de alto valor agregado. Com soluções que vão do campo à indústria farmacêutica.
O ambiente favorável de pesquisa, incentivos à inovação e forte ligação entre universidades, setor produtivo e governo têm transformado o estado em um hub de ciência aplicada aos negócios.
A seguir, destacamos sete empresas goianas que já se tornaram exemplo no cenário nacional de biotecnologia e inovação.
Startup no campo da manutenção preventiva de equipamentos agrícolas, nascida em um programa promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e impulsionada pelo apoio da FAPEG. Desenvolveu sensor inteligente que está transformando a forma como a manutenção agrícola é realizada.
Atua com manutenção preventiva de equipamentos agrícolas, garantindo que eles funcionem de forma eficiente e ininterrupta. Além de otimizar a produtividade no campo, as soluções reduzem custos e tempo de parada. O principal produto é o AgriSen, sensor de alta tecnologia que monitora a operação e calcula o momento ideal para manutenção.
O projeto da Hidrobovino começou no final do ano passado, no Campo Lab da FAEG, para solucionar um problema de desperdício de água. Hoje, os bebedouros de rebanhos são limpos com a retirada completa da água. Eles desenvolveram então um filtro, que reduz o desperdício por meio da filtragem (e não descarte da água) e mede parâmetros como o pH.
Com sede em Goiânia, oferece soluções personalizadas em Inteligência Artificial e Ciência de Dados desenvolvidas pela Predict AI têm aplicação nos setores da saúde e na indústria. Alguns exemplos são uso de visão computacional para detectar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti; GPTs personalizados para empresas, que são modelos de predição de linguagem que possibilitam criar conteúdo a partir de um comando; e IA para desenvolvimento de fórmulas exclusivas de cosméticos.
A startup, que nasceu de um projeto no Instituto Federal de Goiás em 2021, em Goiânia, faz inspeção de painéis solares com uso de drones e Inteligência Artificial. Ao monitorar e identificar defeitos em 14 usinas, que somam mais de 56 mil painéis solares, a empresa poupa 29.9 Megawatt-pico (MWp).
Com soluções de hardware e software, a IndustryCare atua na transformação digital de indústrias por meio de medidores, sensores e Internet das Coisas (IoTs) e uma ferramenta de Big Data Analytics. Ela integra e organiza os dados de consumo, produção e processos, ajudando a detectar ineficiências e reduzir emissões de gases de efeito estufa. Hoje, a startup goiana, com sede na capital, atende empresas como Vale, CSN, Anglo American e Danone.
A deep tech goiana trabalha com uma plataforma tecnológica focada na produção de biopolímeros a partir de resíduos da produção intensiva da aquicultura e da agroindústria. Gerando produtos alinhados às nanopartículas e ao ecossistema ESG. Fundada em 2022 e com sede em Goiânia, começou com o desenvolvimento de biopolímeros (bioplástico) e probióticos a partir de resíduos da produção intensiva da aquicultura e da agroindústria com o uso de leveduras e “bactérias do bem”.
Criou, então, uma nanocápsula, biodegradável e biocompatível, para entrega de compostos ativos, com potencial de revolucionar o diagnóstico e o tratamento do câncer. Isso porque ela permite a entrega precisa de medicamentos diretamente às células cancerígenas, minimizando os efeitos colaterais e aumentando a eficácia da terapia.
A Nanoterra é uma startup goiana da área de nanobiotecnologia, especializada em produtos e serviços para a cadeia de cosméticos. A deep tech utiliza nanotecnologia para desenvolver matérias-primas exclusivas a partir da biodiversidade brasileira e ajudar indústrias no desenvolvimento de cosméticos, cruelty-free, veganos e sustentáveis.
A doutora Iara Mendes, CEO da Nanoterra, explica que a ideia da empresa nasceu assim que finalizou a graduação em Biotecnologia na Universidade Federal de Goiás (UFG).