Sites falsos imitam grandes varejistas e colocam consumidores em risco na temporada de descontos. Saiba como se proteger.

Com a proximidade da Black Friday, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), alerta a população sobre os cuidados essenciais ao aproveitar promoções.
Esse período concentra grande volume de compras e, por isso, também aumenta o risco de fraudes, golpes e práticas abusivas no ambiente digital.
Levantamento da NordVPN aponta que o número de sites falsos que imitam grandes varejistas aumentou cerca de 250% às vésperas do período promocional.
No Brasil, de acordo com o Teste Nacional de Privacidade de 2025, a capacidade de identificar fraudes caiu: só 27% dos brasileiros conseguem reconhecer um site de phishing, contra 34% no ano anterior.
Na prática, isso significa que a maioria dos consumidores está mais exposta a armadilhas digitais justamente no momento de maior volume de compras online.
Os dados também mostram fragilidades básicas de segurança. Apenas 13% dos brasileiros sabem proteger corretamente a rede Wi-Fi doméstica, enquanto 19% entendem como armazenar senhas com segurança.
Como resultado, o Brasil aparece com índice 0,519 no Cyber Risk Index, que mede o nível de risco cibernético dos países monitorados pela NordVPN.
Além dos sites falsos, autoridades e entidades do setor financeiro observam o avanço do golpe da “falsa venda”, em que o criminoso anuncia produtos, recebe o pagamento e desaparece. Esse tipo de fraude tem sido cada vez mais comum em redes sociais como o Instagram, segundo alertas da Febraban e de levantamentos regionais.
O consumidor brasileiro vive uma contradição: embora 69% se declarem bem informados sobre ataques digitais, mais de 70% já foram expostos a algum tipo de incidente, o que mostra que informação, sozinha, nem sempre se traduz em comportamento seguro.
Ao mesmo tempo, golpistas vêm sofisticando a criação de “fake stores”, usando infraestrutura de spam, SMS, domínios recém-criados, links patrocinados e promessas de preços extremamente baixos para atrair vítimas.