
O rendimento médio real habitualmente recebido no trabalho principal pelos goianos alcançou R$ 3.095 por mês em 2024. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgada nesta quarta-feira (3/12) pelo IBGE.
Em Goiânia, a remuneração média foi significativamente maior: R$ 4.090, valor 32,1% acima da média estadual, reforçando a concentração de rendimentos na capital.
No cenário nacional, a renda média do trabalho principal ficou em R$ 3.208, acima da registrada em Goiás. Mas inferior à média das capitais brasileiras, que atingiu R$ 3.936.
O levantamento aponta que a diferença de rendimentos entre homens e mulheres no estado cresceu novamente. Em 2023, homens ganhavam 41,0% mais que as mulheres. No ano passado essa diferença subiu para 42,4%
Os homens recebem em média R$ 3.553, enquanto as mulheres recebem R$ 2.495. A ampliação da disparidade coloca Goiás em linha com um movimento nacional ainda persistente de desigualdade de gênero no mercado de trabalho.
A pesquisa também avaliou o rendimento médio segundo a posição na ocupação. A categoria empregador permanece no topo da renda no estado: R$ 7.315 em média por mês. Já os empregados com carteira assinada tem renda média mensal de R$ 2.669 e os sem carteira, de R$ 2.455. Os trabalhadores domésticos sem carteira ganham em média R$ 1.254.
Apesar da liderança, os empregadores em Goiás registraram no ano passado queda de 17,9% no rendimento médio na comparação com 2023. Com isso, a diferença entre seus ganhos e os dos trabalhadores sem carteira diminuiu: o rendimento, que era quase quatro vezes maior em 2023, caiu para três vezes em 2024.