O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta quinta-feira (6) a chamada para a participação de empreendedores no programa de desenvolvimento de 60 startups e o edital para selecionar o gestor do centro de inovação, que vai implementar a segunda fase do programa. A ideia é reunir em um mesmo espaço startups, […]
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta quinta-feira (6) a chamada para a participação de empreendedores no programa de desenvolvimento de 60 startups e o edital para selecionar o gestor do centro de inovação, que vai implementar a segunda fase do programa. A ideia é reunir em um mesmo espaço startups, médias e grandes empresas, investidores, universidades e centros de pesquisa. As iniciativas fazem parte do projeto BNDES Garagem.
As startups interessadas em participar do projeto têm o prazo até 15 de fevereiro para a apresentação das propostas. Ao final desse prazo, haverá a escolha das que farão parte do programa. A seleção do gestor será no dia 12 de abril.
A primeira fase, com as statups, tem o custo de R$ 10 milhões. Na segunda fase do projeto, estimou o presidente do banco, Dyogo Oliveira, haverá mil postos de trabalho com a presença de 200 empresas. Para essa etapa o valor aumenta para R$ 20 milhões.
Destacou ainda que os valores são pequenos em comparação a grandes projetos desenvolvidos pela instituição, como na participação em hidrelétricas, mas a importância é que as startups vão movimentar a economia, com novos empreendedores, que são o futuro do país. “Os caras que vão ser os empresários daqui a 10, 20, 30 anos sairão desses programas. Não só do BNDES, mas de outros que tenham. São esses caras que vão inventar os novos produtos e serviços”, disse.
Com o programa, afirmou, o BNDES terá um novo viés de investimentos, acrescentando que o banco não será menos relevante por ter projetos de menor volume financeiro, porque esse é apenas uma das alternativas de incentivar o setor.
Renovação
No entendimento Dyogo Oliveira, o programa é uma renovação até da visão de desenvolvimento do banco, que, segundo ele, cresceu durante 60 anos com uma tese de que o desenvolvimento estava atrelado à industrialização. “O que a gente está vendo aqui é que não necessariamente vai ter indústria, mas vai ter serviço, vai ter intermediação financeira, vai ter fintechs, uma série de outras atividades que não necessariamente indústria. É o novo conceito de desenvolvimento. Esse programa tem a importância de marcar a mudança na concepção de desenvolvimento dentro do BNDES. Não é estritamente a industrialização. É o processo de desenvolvimento dos negócios que gera o desenvolvimento”, disse.