domingo, 28 de abril de 2024
BC promove a maior alta dos juros do Brasil em um ano

BC promove a maior alta dos juros do Brasil em um ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu hoje (8/12) aumentar os juros básicos do País em 1,5 ponto, para 9,25% ao ano. Com isso, a Taxa Selic subiu 7,25 pontos neste ano, a maior alta da série histórica.

8 de dezembro de 2021

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O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu hoje (8/12) aumentar os juros básicos do País em 1,5 ponto, para 9,25% ao ano. Com isso, a Taxa Selic subiu 7,25 pontos neste ano, a maior alta da série histórica. O recorde anterior é de 2002, quando os juros foram elevados em 6 pontos porcentuais. É também o maior patamar desde julho de 2017, quando os juros também estiveram em 9,25% ao ano. O Copom começou a subir os juros em março deste ano, de 2% para 2,75%. Foram 7 reajustes consecutivos.

O Copom fez as seguintes avaliações para a nova alta dos juros básicos. No cenário externo, o ambiente se tornou menos favorável e alguns bancos centrais das principais economias expressaram claramente a necessidade de cautela frente à maior persistência da inflação, tornando as condições financeiras mais desafiadoras para economias emergentes. Além disso, a possibilidade de nova onda da Covid-19 durante o inverno e o aparecimento da variante Ômicron adicionam incerteza quanto ao ritmo de recuperação nas economias centrais.

Em relação à atividade econômica brasileira, indicadores divulgados desde a última reunião mostram novamente uma “evolução moderadamente abaixo” da esperada e a inflação ao consumidor continua elevada. A alta dos preços foi acima da esperada, tanto nos componentes mais voláteis como também nos itens associados à inflação subjacente. As expectativas de inflação para 2021, 2022 e 2023 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 10,2%, 5,0% e 3,5%, respectivamente.

As projeções para a inflação de preços administrados (como tarifa de energia, por exemplo) são de 16,7% para 2021, 3,8% para 2022 e 5,2% para 2023. Adotam-se bandeira tarifária “escassez hídrica” em dezembro de 2021 e a hipótese de bandeira tarifária “vermelha patamar 2” em dezembro de 2022 e dezembro de 2023.

O Copom ressalta que, em seu cenário básico para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Por um lado, uma possível reversão, ainda que parcial, do aumento nos preços das commodities internacionais em moeda local produziria trajetória de inflação abaixo do cenário básico. Por outro lado, novos prolongamentos das políticas fiscais de resposta à pandemia que pressionem a demanda agregada e piorem a trajetória fiscal podem elevar os prêmios de risco do país.

“O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para as metas ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos-calendário de 2022 e 2023. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, afirmou o Copom em nota.

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