A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no Brasil cresceu 2,1% em outubro, em comparação com o mês anterior. E alcançou os 87 pontos, se aproximando de um cenário econômico positivo, quando o índice chega aos 100 pontos. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O levantamento mostra que a intenção de consumo entre os brasileiros cresce desde fevereiro. Ou seja, por nove meses consecutivos. Em comparação com outubro de 2021, quando o cenário ainda era de incertezas por conta da pandemia, o indicador registrou alta de quase 19%.
Segundo o estudo da CNC, a melhora no poder de compra das famílias brasileiras é resultado do alívio inflacionário registrado no País. O IBGE registra deflação por três meses consecutivos. Além disto, a recuperação na intenção de consumo das famílias também é puxada pela geração de novos empregos em Goiás e no Brasil.
As famílias brasileiras de menor poder aquisitivo, que recebem até 10 salários mínimos, foram as que registraram o maior crescimento da intenção de consumo em outubro. O ICF para esse segmento da população teve uma alta de 2,2% no mês analisado. No agregado do ano, a variação para esse grupo foi de 20,4%.
Já as famílias de maior renda, com salários superiores a 10 salários mínimos, registraram alta de 1,7% no consumo em outubro deste ano, em comparação com o mês anterior. Para essa faixa de renda, a variação anual foi de 13,7%.
Apesar da melhora no cenário econômico brasileiro, a especialista em economia e coordenadora da pesquisa, Izis Ferreira, afirmou que o panorama ainda é instável para os próximos meses. “A inflação, mesmo em queda, segue dificultando o consumo, e o maior nível de endividamento das famílias também reduz a capacidade futura de compras, especialmente das famílias de renda média e baixa”, disse.