Este ano terá pelo menos nove feriados que poderão ser “emendados” em Goiânia, que geram perspectiva otimista para o turismo e impacto negativo para o comércio.
Este ano terá pelo menos nove feriados que poderão ser “emendados” em Goiânia. Sem dúvida, é uma perspectiva comemorada por quem poderá descansar e pelo setor de turismo. No entanto, para o comércio e outros serviços, as datas festivas são vistas com reserva, porque representam queda nas vendas e no faturamento de toda a cadeia.
O Ministério da Economia publicou portaria no Diário Oficial da União na última quinta-feira (29/12) com a lista dos nove feriados nacionais e cinco pontos facultativos. Além disso, cada município pode estabelecer até quatro feriados locais – número limitado pela Lei Federal 9.093/2005.
Quatro feriados em 2023 serão em uma segunda ou sexta-feira, o que possibilitarão um “fim de semana de três dias”. São eles: Paixão de Cristo (Sexta-Feira Santa), em 7 de abril; Tiradentes, em 21 de abril; Dia do Trabalho, em 1º de maio; e Natal, em 25 de dezembro.
Sem contar o carnaval, que leva à decretação de ponto facultativo nos dias 20 e 21 de fevereiro, segunda e terça-feira, e ainda na quarta-feira de cinzas até as 14 horas.
Além disso, outros quatro feriados nacionais cairão em uma quinta-feira, o que dará a possibilidade de prolongar o fim de semana para quatro dias. São eles: Corpus Christi (8 de junho); Independência do Brasil (7 de setembro); Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro); e Finados (2 de novembro). O feriado da Proclamação da República (15/11) cairá este ano numa quarta-feira.
Do mesmo modo, há ainda os feriados locais: 24 de maio (em homenagem à Nossa Senhora Auxiliadora, padroeira de Goiânia), que cairá numa quarta-feira; e 24 de outubro (aniversário da capital), em uma terça-feira.
Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiocchi afirmou ao EMPREENDER EM GOIÁS que ainda não calculou o impacto dos feriados de 2023 em valores. Em 2022, quando ocorreram seis feriados em dias úteis, portanto três a menos do que neste ano, a previsão foi de um impacto negativo de R$ 481 milhões para o comércio goiano e de R$ 17,2 bilhões para o brasileiro.
“Sem dúvida, um feriado acaba diminuindo a atividade econômica, especialmente com os feriados prolongados. Por outro lado, o turismo interno ganha”, pondera o presidente da Fecomércio-GO. Ele observa que as pessoas aproveitam essas ocasiões para viajar, geralmente dentro do próprio estado, em destinos como Caldas, Três Ranchos, Pirenópolis, cidade de Goiás e outros.
Para Marcelo Baiocchi a chave é achar o equilíbrio, para que, no saldo geral, os feriados não tragam prejuízos. “Por isso a lei, inclusive, prevê limite em feriados municipais, que são quatro por ano”, frisa.
Já o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO), Valdir Ribeiro, lembra que nos dias de feriados, a maior parte do comércio suspende o expediente, atendendo à legislação e a acordos trabalhistas. “Isso gera perdas nas vendas e, consequentemente, no faturamento”, avalia.
Por outro lado, argumenta Valdir, há feriados como a Sexta-feira da Paixão, o Dia das Crianças e o Natal que aquecem as vendas na véspera, quando os consumidores vão às compras para garantir os presentes. “Então, é sempre uma questão que o varejo tenta equacionar, com criatividade e estratégias comerciais, para amenizar as perdas o máximo possível”, orienta.