quarta-feira, 20 de agosto de 2025
Abrasel defende o parcelamento sem juros no cartão

Abrasel defende o parcelamento sem juros no cartão

Representante da entidade em Goiás diz que bares e restaurantes não serão únicos prejudicados com fim do parcelado defendido pelos bancos.

11 de setembro de 2023

O fim do parcelamento sem juros no cartão de crédito, medida defendida pelos bancos, pode comprometer a atividade de pequenos empresários. O alerta é do presidente regional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Danillo Ramos. Para ele, o eventual fim de compras parceladas sem juros no cartão de crédito vai prejudicar empreendedores de diversos ramos. De acordo com a Abrasel, três em cada quatro compras feitas são pagas por essa modalidade.

A Abrasel lançou uma campanha na qual defende a manutenção do parcelamento sem juros no cartão de crédito. Argumenta que eventuais mudanças trariam perdas para os cidadãos, para o setor de comércio e serviços, em benefício exclusivo das instituições financeiras.

Em resposta, os bancos Bradesco, Itaú e Santander protocolaram, na véspera do feriado de 7 de setembro, pedido de liminar ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) para que a campanha seja retirada do ar. “Recebemos com muita estranheza essa tentativa de calar nossa entidade”, diz Danillo.

Transações

Nas peças, a entidade chama a atenção de maneira clara para a intenção dos bancos de acabar com a competitividade do parcelado sem juros, no âmbito da discussão sobre o financiamento rotativo no cartão de crédito. A Abrasel cita dados do Banco Central apontando que as transações de cartão de crédito em 2022 representaram cerca de 20% do PIB do país.

Por volta de metade desse volume corresponde ao chamado parcelado sem juros (ou parcelado lojista, porque é o varejista que recebe as parcelas ao longo do tempo). A cada R$ 2 pagos com cartão de crédito no país, cerca de R$ 1 se dá por meio do parcelamento sem juros.

Danillo explica que todos os presidentes regionais da Abrasel estão unidos nessa causa, que conta com muitas manifestações de apoio nas redes sociais. “Vamos continuar divulgando. O fim do parcelamento sem juros pode comprometer a produtividade do país, não afetará um só setor da economia”, diz. Em sua avaliação, a solução para a questão dos juros é a concorrência bancária. “Temos visto bancos menores competindo com os grandes e isso é saudável para a economia”, avalia.

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