sábado, 7 de setembro de 2024
Ferrovia do Araguaia demandará investimentos de R$ 6,6 bilhões

Ferrovia do Araguaia demandará investimentos de R$ 6,6 bilhões

A expectativa é de que a Ferrovia do Araguaia, 370 quilômetros de extensão, deve escoar 11 milhões de toneladas de grãos por ano.

1 de julho de 2024

A Adial apresentou ao governador Ronaldo Caiado o projeto da Ferrovia do Araguaia, que ligará Rio Verde, Jataí, Mineiros e Caiapônia. Ao todo, a previsão de investimento é de R$ 6,6 bilhões.

Segundo o presidente-executivo da entidade, Edwal Portilho (Tchequinho), a ferrovia terá como objetivo principal o transporte de commodities. Entre eles, grãos, farelos, fertilizantes, biocombustíveis e combustíveis. Escoando a produção agrícola da região para os portos de forma mais eficiente e sustentável.

Os estudos contemplam investimentos em transportes, incluindo a construção da Ferrovia do Araguaia, exploração e beneficiamento de jazidas minerais. Além do fortalecimento do comércio entre Goiás e China.

Os estudos realizados por uma consultoria especializada indicaram que o projeto é economicamente viável por se tratar de uma shortline (linha curta). A legislação goiana já autoriza as diretrizes para a construção e operações de ferrovias, explicou Edwal Portilho.

A ferrovia terá 370 km de extensão, divididos em dois trechos: um de 220 km ligando Rio Verde a Mineiros e outro de 150 km até Caiapônia. A capacidade de transporte estimada é de 11 milhões de toneladas por ano.

Projeto viável

Edwal Portilho destaca que o transporte ferroviário é mais barato do que o rodoviário, o que pode levar a redução dos custos de escoamento da produção agrícola e aumento da competitividade dos produtos goianos no mercado internacional.

“Nós somos um estado que, apesar de estar no centro do país, é longe dos centros consumidores e dos portos, para importação de insumos e materiais de acondicionamento e para exportação dos nossos produtos, sejam eles industrializados ou em grão. Então, nós precisamos de modais mais competitivos e mais sustentáveis para que a gente consiga realmente manter o ritmo de crescimento de Goiás”, afirma.

Além disso, pontua que o transporte ferroviário é mais sustentável do que o rodoviário, pois emite menos gases poluentes e causa menos danos ao meio ambiente. Tudo isso, segundo ele, foi possível graças à mudança da configuração de utilidade do trem.

“No início das construções das ferrovias, elas tinham um apelo de invocação para o transporte de pessoas e também de carga. Naquela época, tínhamos pouca carga e poucas pessoas. Ao contrário de hoje, que temos grandes volumes de produção do agronegócio e de mineral em algumas regiões do interior do Brasil. Mas nós continuamos muito longe dos portos. Esse ramal é mais barato, pois ele concentra e economiza queima de combustível fóssil. Então, ele é menos agressivo em relação à sustentabilidade”, reforça.

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