segunda-feira, 16 de setembro de 2024
A economia teve crescimento de 1,4% no segundo trimestre deste ano, em comparação ao primeiro trimestre, e agora soma R$ 2,9 trilhões.
O Produto Interno Bruto (PIB) teve crescimento de 1,4% no segundo trimestre deste ano, em comparação ao primeiro trimestre. Segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (3/9).
Na comparação com o segundo trimestre de 2023, cresceu 3,3%. O destaque ficou com o desempenho da indústria, com alta de 1,8% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Seguida pelo setor de serviços, com crescimento de 1%.
A agropecuária recuou 2,3% na comparação entre o segundo e o primeiro trimestre de 2024 e 2,9% em relação ao mesmo período de 2023.
Com o resultado, o PIB totaliza R$ 2,9 trilhões neste ano. Sendo R$ 2,5 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 387,6 bilhões aos impostos sobre produtos. A taxa de investimento no segundo trimestre, indicador que sinaliza o bom desempenho da economia, foi equivalente a 16,8% do PIB. Acima dos 16,4% verificados no segundo trimestre de 2023.
O desempenho da indústria foi atribuído aos setores de eletricidade e gás, água, esgoto, atividade de gestão de resíduos, com alta de 4,2%. Seguida pela construção, 3,5%; e das indústrias de transformação, com alta de 1,8%.
No setor de serviços, as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados cresceram 2%. Já o segmento de informática e comunicação, 1,7%. O comércio 1,4% e transporte, armazenagem e correio, 1,3%.
Felipe Queiroz, economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados (APAS), comemorou o resultado e disse que os números superaram as expectativas do mercado. “A economia brasileira teve um crescimento puxado especialmente pela ótica da oferta, pela indústria, que tem apresentado recuperação bastante significativa e robusta”, disse.
Segundo ele, esse bom desempenho engloba o comércio, que também cresceu no segundo trimestre. “Além disso, a nossa taxa de Formação Bruta de Capital Fixo em alta é resultado dos investimentos, que estão crescendo e sendo retomados ainda que gradualmente”, destacou.
O economista ponderou, no entanto, que a atenção continua sobre o nível da taxa de juros, em que as expectativas sugerem uma alta da Taxa Selic, o que implica a redução da atividade econômica especialmente para o último trimestre do ano.
Para Carlos Lopes, economista do banco BV, o resultado do PIB no segundo trimestre, de 1,4%, foi surpreendente porque esperava-se um percentual de crescimento de 0,9%. Esse desempenho teve forte contribuição da demanda doméstica.
