segunda-feira, 21 de outubro de 2024
A preocupação de uma mãe com o futuro do filho fez com que ela se tornasse empresária no ramo da educação. É a história de Evellyne Borges Costa, que abriu a Shine Escola do Futuro em Jataí (GO). A ideia da criação do negócio aconteceu após ela notar que as escolas convencionais só preparavam os jovens para o Enem. E percebeu que o potencial do seu filho poderia ser melhor explorado.
Antes de ser empreendedora, Evellyne era bancária. Ela percebeu que na área em que trabalhava estavam chegando muitas novidades que o ensino tradicional não estava preparado. “A gente passa a vida toda preparando uma criança para o Enem, mas a vida não é o Enem. A vida real é um pouco diferente. Nós começamos a buscar alguma coisa que pudesse auxiliar a nossa signa de capacitação”, afirmou ao EMPREENDER EM GOIÁS.
Mas, Evellyne disse não ter encontrado nada que unisse tanto o desenvolvimento da parte de habilidade ligada de tecnologia, quanto também habilidades ligadas ao desenvolvimento socioemocional. “E isso nos preocupou. Porque a escola também não estava abordando esse desenvolvimento de habilidade”, frisou.
Assim, a empreendedora decidiu criar a própria marca e com uma metodologia diferenciada das demais escolas. Na Shine, os alunos têm acesso a 15 cursos, como cursos de robótica, trilha do programador, desenvolvimento de sistemas, desenvolvimento web, oratória, inteligência artificial e de Power BI.
Segundo ela, os cursos são voltados para crianças a partir dos 5 anos sem idade limite. Atualmente, a escola conta com 60 alunos regulares na plataforma, mas, por mês, ela atende uma média de 80 a 100 alunos por mês. Além disso, ela desenvolve um projeto nas escolas públicas da cidade. Este atende mais de 19 alunos.
Os cursos têm uma variação diferenciada, sendo bimestrais, semestrais e anuais. Para fazê-los, é necessário desembolsar entre R$ 150 a R$ 400 por mês. Apesar do atendimento presencial, a escola também conta com uma plataforma de ensino própria que facilita o acesso de vários lugares do Brasil.
“Temos um atendimento online, inclusive, de um aluno que está nos Estados Unidos. Eu tenho um aluno em Brasília, tinha um também no Rio de Janeiro até pouco tempo. Nós atendemos alunos online de qualquer lugar do mundo”, reforça.
Evellyne destaca ainda que o diferencial da escola é evidenciar a individualidade de cada aluno. Para isso, ele passa por uma conversa com a professora para que ela avalie o que ele tem de conhecimento na área para desenvolver melhor as habilidades dele.
“Os professores avaliam e direcionam o conhecimento do aluno, aproveitam o que ele já tem de melhor, valorizam o que o aluno já tem de capacidade mais desenvolvida e também focam nesse desenvolvimento dos aspectos que ele precisa melhorar”, pontua.
Depois de um investimento inicial de R$ 160 mil, Evellyne consegue faturamento de R$ 15 mil a R$ 18 mil por mês. A escola tem um corpo docente totalmente feminino, contando com cinco profissionais, sendo três delas professoras.
“Nós também trabalhamos a visão empreendedora para que o aluno veja aplicações reais e práticas do que ele está aprendendo, além do desenvolvimento socioemocional. Então, nós buscamos que nossos alunos estejam trabalhando nessa questão do relacionamento”, destaca.
Com o sucesso do empreendimento, Evellyne Borges Costa foi a vencedora na categoria Pequenos Negócios do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios na etapa estadual. Agora, ela avança para a etapa regional do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios e, se vencer, participa da final da etapa nacional, em Brasília, no próximo mês de novembro.
“Fiquei muito feliz porque esse trabalho que a gente vem realizando é cheio de desafios. Existem momentos em que penso em desistir diante das dificuldades. Essa premiação me deu muita força para continuar nesse propósito de transformar vidas, de trazer uma educação diferente, de trazer esse desenvolvimento do potencial do ser humano”, desabafa.
Segundo ela, o objetivo é que a escola chegue cada vez em lugares antes inimagináveis e quer ainda expandir a marca para outras cidades da região, como Rio Verde e Jataí.
